Ciência
07/11/2019 às 14:00•2 min de leitura
Filmes e séries que abordam a temática viking não são exatamente uma novidade, mas você já parou para pensar como de fato seria a aparência de uma guerreira viking? Se essa era uma de suas curiosidades, um grupo de cientistas pode te ajudar nisso.
Com o auxílio da tecnologia de reconhecimento facial, pesquisadores recriaram o rosto de uma guerreira viking que teria vivido há mais de um século. O trabalho se baseou no esqueleto de uma mulher que foi encontrado em um cemitério viking, em Solør, na Noruega. O crânio da mulher tinha uma cavidade que teria sido ocasionada por um golpe de espada.
Os restos mortais da mulher foram encontrados ao lado de armas, mas em um primeiro momento os pesquisadores não pensaram que fosse de uma guerreira, explicou a geóloga Ella Al-Shamahi em entrevista ao The Guardian. “Simplesmente porque ela era uma mulher”, salientou. Entre as armas encontradas ao lado da mulher estavam flechas, uma espada, uma lança e um machado. A cabeça estava apoiada em um escudo.
Apesar do ferimento na cabeça, os pesquisadores ainda não têm certeza se este foi o motivo da morte. A geóloga salientou que esta é a primeira evidência de uma mulher viking com um ferimento de batalha e se mostrou fascinada com a chance de reconhecer o rosto de uma guerreira. “Estou muito empolgada porque esse rosto não era visto há mil anos e, de repente, se tornou muito real”, disse.
A professora do Centro de Anatomia e Identificação Humana da Universidade de Dundee, Caroline Erolin, confirma que, embora a reconstrução fácil não tenha precisão exata, o rosto da guerreira viking foi reconstruído a partir dos músculos e de camadas da pele, o que apesar de não torná-la 100% precisa, mas “é suficiente para gerar reconhecimento de alguém que os conhecia bem na vida real”, destacou.
Os pesquisadores também recriaram o túmulo da mulher e o posicionamento das armas com as quais foi encontrada. Atualmente, o esqueleto da guerreira viking está no Museu de História Cultural de Oslo.