Ciência
16/12/2019 às 06:04•2 min de leitura
A sonda Mars 2020 da NASA, cuja missão é identificar sinais de vida em Marte, está programada para ter seu lançamento realizado no próximo verão e sua aterrissagem prevista para ocorrer em fevereiro de 2021, no interior da cratera Jezero, uma cratera de 45 quilômetros de largura em Marte, a mesma que os cientistas acreditam que hospedava um delta de um lago e rio em uma época mais remota.
Antes de mais nada, vale a pena saber que o robô da NASA, detentor de de seis rodas, fará exploração em uma área em busca de potenciais bioassinaturas. Em outras palavras, ele analisar rochas da cratera Jezero em seus detalhes texturais finos e usar vários espectrômetros parafazer um mapeamento geoquímico nessas mesmas texturas.
De acordo com Stack Morgan, residente do Laboratório da Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, na Califória, é a análise da textura em conjunto com o mapeamento da composição da rocha que de fato permitirá criar condições concretas para encontrar as bioassinaturas.
É o Mars 2020 que poderá realmente fazer esse trabalho. Ao contrário do seu antecessor, o Curiosity, que podia obter imagens e determinar a composição, o Mars 2020 é capaz também de, além de tudo isso, fazer um mapeamento geoquímico da estrutura observada. Em outras palavras, ele pode identificar as substâncias e elementos contidos na rocha, de forma precisa e detalhada.
Além disso, uma parte da missão do Mars 2020 da NASA é coletar e armazenar de 20 a 30 amostras de rocha, para potencialmente trazer esse material para a Terra, onde diversas equipes de pesquisas, espalhadas em diferentes laboratórios, podem estudar o material colhido.
A missão do Mars 2020 não é apenas sair à procura de potenciais sinais de vida em Marte, mas também compreender melhor o modo como os planetas rochosos evoluem no decorrer do tempo.
Ademais, ele procurará por indícios de depósitos de gelo subterrâneo, bolsões de líquido salgado, entre outras coisas. Outra ferramenta ainda será uma demonstração de caráter tecnológico que irá gerar oxigênio a partir de uma atmosfera marciana repleta de dióxido de carbono.