Artes/cultura
17/12/2019 às 10:30•2 min de leitura
Um gás não-inflamável, sem cor ou cheiro: o dióxido de carbono pode parecer uma ameaça silenciosa constante. No entanto, a realidade é que ele é essencial para o nosso planeta, sendo inclusive um elemento crucial para o processo de fotossíntese e, consequentemente, para o bem-estar das plantas. O problema é que suas doses têm de ser cuidadosamente controladas ou ele pode acabar sendo altamente prejudicial, principalmente para os seres humanos.
A emissão deste gás pode ter diversas fontes: o uso de combustível fóssil é um dos maiores exemplos. Porém, sua exalação mais comum vem justamente da expiração de humanos e animais.
Quando inalamos ar puro, nosso sistema respiratório extrai dele tudo aquilo que é necessário e devolve dióxido de carbono. E é justamente isso que tem preocupado grande parte dos estudiosos hoje em dia.
Estudos recentes conduzidos por instituições de prestígio, como a Univerdidade de Harvard, apontam que a alta concentração de dióxido de carbono pode prejudicar muito os processos cognitivos. O que quer dizer que ao inalar dióxido de carbono em alta concentração, a capacidade das pessoas de resolver problemas é diminuída e elas tomam decisões cada vez mais duvidosas.
O problema é que nós mesmos estamos colaborando cada dia mais para que os ambientes tenham uma grande concentração deste gás, já que escritórios e salas de aula são frequentemente ambientes que carecem de ventilação, principalmente para a economia de energia. O uso de ar condicionado em ambientes fechados faz com que um mesmo ar continue circulando dentro de um ambiente, cada vez mais rico em dióxido de carbono – e cada vez mais prejudicial para a nossa cognição.
Porém, mesmo que houvesse uma melhoria na ventilação dos espaços fechados, ainda teríamos um grande problema: a concentração de dióxido de carbono na atmosfera é a maior desde a existência humana. E isso pode ter sérias consequências em um futuro não muito distante.
Estima-se que se não houver uma redução deste gás na atmosfera, até 2100 o dióxido de carbono poderá afetar a cognição das pessoas e reduzir suas capacidades de resolver problemas em quase 50%. Ou seja, se os cientistas da atualidade já estão com dificuldades de compreender e agir contra o problema, em menos de 100 anos eles terão metade da capacidade cognitiva de fazer isso.
Além de afetar a cognição, o dióxido de carbono também afeta a forma como a terra mantém calor durante a noite, a temperatura dos oceanos e pode ter diversos outros efeitos colaterais no corpo humano, como:
Tontura
Cansaço
Pressão alta
Batimentos cardíacos acelerados
Dor de cabeça
Sudorese
E em casos de extrema concentração do gás, ele pode inclusive deixar uma pessoa inconsciente.