Artes/cultura
14/02/2020 às 04:00•2 min de leitura
A NASA confirmou uma solicitação para o Congresso norte-americano requerindo aprovação financeira para os principais programas espaciais a serem iniciados no ano fiscal de 2021, que ocorrem de abril de 2020 a março de 2021. O pedido trata-se de um investimento de mais de US$ 25,2 bilhões, 12% maior do que no ano anterior, especificamente para o planejamento e execução de viagens aeroespaciais muito mais ambiciosas, incluindo o recolhimento de amostras do solo de Marte.
A revelação dos planos da agência foi confirmada na última segunda-feira, dia 10, sob demanda do atual presidente da NASA, Jim Bridenstine. Do valor solicitado, especula-se que US$ 3,3 bilhões será direcionado para as ações referentes à engenharia de pouso lunar, do Projeto Artemis, que pretende realizar aterrissagens no satélite natural até 2024. Além disso, US$ 2,7 bilhões estarão reservados para os estudos da ciência planetária, incluindo a fabricação da sonda Mars Sample Return, com o objetivo de resgatar solo marciano.
Reservas orçamentárias também estarão direcionadas para projetos de observação do planeta Terra, incluindo missões ao redor da Estação Espacial Internacional, além de outro ambicioso projeto que busca explorar Europa, a lua de Júpiter.
Segundo estimativa, o valor para a realização de transportes espaciais seria em torno de US$ 1.88 bilhão, sendo necessário um investimento inicial de US$ 403.5 milhões para dar o pontapé nas missões planejadas. Especificamente sobre a sonda Mars 2020, do projeto Sample Return, o objetivo é o recolhimento de amostras da superfície de Marte e o posterior transporte das mesmas para a equipe técnica da NASA, através do lançamento de foguetes contendo os frascos colhidos.
“Esse retorno de amostra é um elemento muito crítico porque é a primeira viagem de ida e volta para outro planeta”, esclareceu Thomas Zurbuchen, um dos administradores da Diretoria de Missões Científicas da NASA. Assim, após a primeira etapa de aprovação orçamentária para o início das missões, a estratégia da agência é enviar a sonda no mês de julho, que será observada por satélites de suporte na atmosfera de Marte, prontos para intermediar o caminho das amostras para a Terra.
O plano é enviar a sonda em 2026, trazendo as amostras para a Terra em 2031. Resta apenas a aprovação do Congresso.