Estilo de vida
02/03/2020 às 10:00•2 min de leitura
Um grupo de cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, encontrou resultados que podem ser determinantes para o avanço da cura e do tratamento de pacientes com diabetes. Apesar das respostas ainda preliminares e de ser consequência de pesquisas em ratos de laboratório, as aplicações provaram-se otimistas para as questões envolvendo o controle dos níveis de açúcar no sangue e pode revolucionar a medicina voltada para tais tipos de cuidados.
O tratamento foi baseado na utilização de células-tronco que, após serem convertidas em células capazes de produzir insulinas, foram capazes de diminuir, em poucas semanas, os níveis de açúcar no sangue de camundongos, controlando-os durante um período de cerca de 2,5 meses. O projeto, publicado no Nature Biotechnology, tem autoria de Jeffrey R. Millman, professor assistente de medicina e de engenharia biomédica.
“Esses ratos tinham diabetes muito grave, com leituras de açúcar no sangue de mais de 500 miligramas por decilitro de sangue — níveis que podem ser fatais para uma pessoa — e, quando damos aos ratos as células secretoras de insulina, duas semanas depois, seus níveis de glicose no sangue tinham voltado ao normal e permaneceram assim por muitos meses", escçareceu Millman, em comunicado publicado no Washington University School of Medicine in St. Louis.
O estudo não é novidade para a mecina legal, já que as tentativas de conversão de células-tronco em células beta pancreáticas produtoras de insulina já haviam sido objetos de análise para a mesma equipe de pesquisadores, porém sem sucesso de controle efetivo do açúcar sanguíneo. Com os atuais tratamentos baseados em aplicação de insulina para normalizar os níveis de substâncias no corpo, a ideia surgiu novamente em 2019, quando os cientistas sugeriram que, devido às circunstâncias atuais de conhecimento e tecnologia, a conversão das células-tronco seria o método mais viável para retomar os estudos de correção do diabetes.
Segundo Millman, a dificuldade anterior na transformação das células em produtoras de insulina era a produção de outras células indesejadas, algo que foi contornado com o atual estudo, onde a formação de células beta ocorreu em maiores proporções e funcionaram bem em ratos, que ficaram curados por mais de um ano.
O tratamento pode indicar uma cura definitiva para a doença.