Artes/cultura
05/03/2020 às 04:00•1 min de leitura
Biólogos de um zoológico dos Estados Unidos constataram que uma fêmea dragão-de-komodo conseguiu reproduzir sem a ajuda de um macho na fertilização, em uma reprodução assexuada, chamada de partenogênese. O evento é incomum, mas tem explicação plausível.
Para entender como o processo ocorre, é preciso adentrar no mundo biológico dos bichos. As fêmeas dos dragões-de-komodo possuem um cromossomo W e outro Z. Por outro lado, os machos carregam dois Zs. Enquanto na reprodução comum, sexuada, cada um dos bichos fornece um cromossomo, na partenogênese a fêmea fornece um único cromossomo W ou Z, que se duplica.
Em comunicado no Facebook, o zoológico explicou a situação. “Quando ocorre a partenogênese , a mãe pode criar apenas ovos WW ou ZZ. Ovos com os cromossomos sexuais WW não são viáveis, deixando apenas os ovos ZZ para produzir filhotes masculinos. O zoológico também informou que a descoberta foi feita após um teste de DNA realizado no animal.
Os dragões-de-komodo são uma espécia de lagarto. A maior do mundo, chegando a medir três metros de comprimento e apresentam, muitas vezes, um comportamento agressivo. Algumas fêmeas possuem dificuldade em aceitar a presença dos machos, enquanto outras aceitam até um relacionamento monogâmico.
A maior quantidade deles vive em pequenas ilhas da Indonésia. “Na natureza, os dragões-de-komodo vivem principalmente isolados. O comportamento violento permitiu que eles evoluíssem até a reprodução partenogenética”, disseram os especialistas do Chattanooga Zoo, onde o caso ocorreu.