
Ciência
06/03/2020 às 13:14•2 min de leitura
Descoberta a 6.900 metros de profuncidade na Fossa das Marianas, localizada no Pacífico, entre o Japão e as Filipinas, uma nova espécie de crustácio batizada de Eurythenes plasticus vem alertando a comunidade científica, chamando a atenção para a real dimensão da poluição do mar por restos plásticos e o prejuízo que sua atual escala vem trazendo para as espécies marinhas.
O animal ganhou tal denominação por conter, em seu organismo, grandes quantidades de polietileno tereftalato (PET), substância bastante utilizada para a fabricação de utensílios domésticos e garrafas plásticas, objetos intimamente relacionados às grandes tragédias envolvendo contaminação do ecossistema marítimo. O estudo foi divulgado nesta quinta-feira, dia 5, no portal Franceinfo, em artigo publicado pela Associação Natureza Portugal (ANP), associada da World Wide Fund for Nature (WWF).
"Os investigadores nomearam oficialmente a espécie Eurythenes plasticus, referindo-se ao plástico que ingeriu. No seu corpo encontraram 'tereftalato de polietileno' (PET), uma substância encontrada numa grande variedade de itens domésticos de uso comum, como garrafas de água e roupas de ginástica", diz a ANP em nota.
Eurythenes Plasticus : un petit crustacé des abysses contaminé par le plastique avant même d'être découverthttps://t.co/rVmh4Uwe7a pic.twitter.com/aaSZ0xm8bj
— franceinfo (@franceinfo) March 5, 2020
"Eurythenes Plasticus: um pequeno crustáceo do abismo contaminado por plástico antes de ser descoberto."
A nomeação do pequeno anfípode encontrado na Fossa das Marianas serve, segundo Catarina Grilo, diretora de Conservação e Políticas da ANP/WWF, como título de conscientização para os reais e potentes efeitos da contaminação de mares, lagos e oceanos por plásticos, ligando o alerta emergencial para aumentar os cuidados com o meio ambiente e evitar que sua má conservação reflita, diretamente, no funcionamento da cadeia biológica terrestre.
"Existem espécies que vivem nos lugares mais profundos e remotos da Terra que já ingeriram plástico antes mesmo de serem conhecidas pela humanidade. Os plásticos estão no ar que respiramos, na água que bebemos e agora também nos animais que vivem longe da civilização humana", disse Heike Vesper, diretor da WWF Alemanha. "Uma vez na água, a poluição por plástico decompõe-se em microplásticos e nanoplásticos, espalhando-se pelos oceanos, onde é ingerido por animais marinhos como o 'E. Plasticus."
Felizmente, os cientistas informaram que nem todas as espécies do crustáceo levadas para análise estão contaminadas, apesar de não gerar falsas esperanças para os membros da equipe. "Existem muitas novas espécies que encontraremos e descreveremos, nos oceanos, que estarão contaminadas, infelizmente", concluíram em nota.
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