Estilo de vida
05/05/2020 às 11:00•2 min de leitura
Cientistas americanos estão preocupados à caça de vespas gigantes asiáticas que podem dizimar as populações de abelhas nos Estados Unidos. Caso consigam estabelecer a sua presença, não será possível mais erradicar o perigoso inseto da região. O desaparecimento global das abelhas é uma grande preocupação, pois podem levar até ao fim da humanidade.
Desde o outono do ano passado, apicultores começaram a notar a estranha presença de abelhas mortas sem as cabeças em várias regiões dos Estados Unidos e alguns locais do Canadá. O mistério foi desvendado quando perceberam uma vespa diferente pelos arredores, e esse inseto era encontrado originalmente nas zonas rurais do Japão.
Biólogos agrícolas estaduais e apicultores locais começaram a se organizar para combater a espécie invasora, colocando armadilhas para o inseto. Ao capturar as vespas, os cientistas podem ser capazes de identificar a sua origem, bem como o seu destino, o que pode ajudar no combate à praga antes que se espalhe sem controle.
Vespas decapitam as abelhas (Fonte: Pixabay)
A "vespa assassina" pode chegar a até 5 cm de comprimento, como as rainhas, e podem voar a 24 km/h. O zangão tem um rosto feroz, com listras laranjas e pretas que lembram um tigre, mas suas asas largas são finas como a de uma pequena libélula.
As vespas gigantes asiáticas podem usar suas mandíbulas para acabar com uma colmeia em questão de horas. Este inseto decapita as abelhas e depois carrega os corpos para alimentar os seus filhotes.
Para animais maiores, a vespa possui um ferrão com um potente veneno, capaz até de perfurar um traje de apicultor. Suas vítimas comparam a sensação da picada ao metal quente penetrando a pele.
A espécie foi batizada popularmente de "vespa assassina" porque ataques agressivos em grupo podem expor as vítimas a doses de veneno tóxico equivalente ao de uma cobra venenosa. Uma série de picadas pode ser fatal. No Japão, esses insetos matam até 50 pessoas por ano.
A Europa, em especial o Reino Unido, está se preparando o aumento de vespas gigantes asiáticas. Os insetos foram trazidos acidentalmente da China em 2004. Sem predador natural, se espalham rapidamente pelo território europeu.
Na França, as vespas avançam com suas colônias a uma faixa de 60 a 80 km por ano. Outros países, como Espanha, Portugal, Bélgica, Itália e Alemanha, também já registraram a presença dos insetos, que vêm causando diminuição na polinização e prejuízos econômicos.