Artes/cultura
08/05/2020 às 08:00•4 min de leitura
Em Ciências, normalmente quando citamos um homem que foi pioneiro em algo chamamos ele de "pai", por exemplo: pai da aviação, da Física, da Química, entre outros. Porém, o que poucos citam, ou muitos fazem questão de esquecer, é que um grande número de invenções foram pensadas, planejadas e executadas por mulheres.
Por isso, neste Dia das Mães, resolvemos fazer uma lista das mães mais queridas da Ciência. São mulheres fantásticas que, de alguma forma, revolucionaram certas áreas de atuação, transformando-se em "mães" de alguma invenção ou sistema pioneiro. Embora nem todas sejam tecnicamente "mães", todas geraram inovações de suma importância. E grandes progressos!
Fonte: Conti Outra/Reprodução
A Dra. Nise da Silveira, psiquiatra alagoana, revolucionou o tratamento dos transtornos mentais no Brasil, na década de 1940. Por se opor às técnicas violentas para tratar os pacientes internos (eletrochoques, camisas de força e isolamento), foi transferida para o setor de Terapia Ocupacional, onde faxinas e capinas eram feitas.
Ao invés disso, a Nise ofereceu aos pacientes pincéis, tintas e telas, estimulando-os a se expressarem artisticamente. O resultado, além de uma melhora no comportamento, foi um acervo de obras reconhecidas internacionalmente e culminou com uma exposição em Zurique (Suíça), inaugurada pelo "pai" da psicologia analítica Carl Gustav Jung.
Fonte: Healthy Way Mag/Reprodução
A polonesa Marie Curie é considerada a 1ª cientista do mundo moderno. Conhecida como "mãe da Física moderna" por seu trabalho pioneiro na pesquisa sobre a radioatividade (termo que ela inventou), recebeu dois prêmios Nobel: um em 1903 (Física) e outro em 1911 (Química). Foi também mãe de uma filha, Irène, que também ganhou um prêmio Nobel de Química, em 1935.
Fonte: The BMJ/Reprodução
Formada em Medicina nos Estados Unidos em 1945, época em que os médicos eram majoritariamente homens e brancos, a afrodescendente Jane Cooke Wright foi pioneira no teste de agentes químicos no tratamento de células cancerígenas. Algumas terapias desenvolvidas por ela ainda são utilizadas até hoje.
Fonte: WomanThatDid/Reprodução
Nascida em Londres em 1815, filha do famoso poeta inglês Lord Byron, Ada Lovelace foi a primeira programadora da história. Quando tinha 17 anos, conheceu o "pai" do computador, Charles Babbage, então com 40 anos; então, pode-se dizer que o casal deu "match", pois ela escreveu o primeiro algoritmo para a máquina analítica de computar valores de Charles.
Fonte: Medium/Reprodução
Por ser mulher e judia, a austríaca Lisa Meitner não teve seu trabalho reconhecido durante o predomínio nazista na Alemanha. Na época, os cientistas consideravam impossível a fissão nuclear, processo no qual átomos são quebrados, sendo a base para construção de bombas atômicas. No dia 11 de fevereiro de 1939, Lisa enviou uma carta à revista Nature explicando exatamente como fazer essa divisão. Por isso, ela pode ser considerada a "mãe da fissão nuclear".
Fonte: EveningStandard/Reprodução
A atual pandemia de coronavírus seria, com certeza, mais devastadora não fossem as ideias sobre hábitos de higiene implantadas por essa enfermeira de Florença, como lavar as mãos. Ela passou grande parte da vida em regime de isolamento social, cuidando de soldados feridos e treinando outras profissionais da área em relação aos cuidados para evitar microrganismos.
Fonte: US National Library of Science/Reprodução
Talvez nenhuma "mãe" de Ciência tenha sido tão injustiçada quanto a química londrina Rosalind Franklin. Discriminada por seus colegas do King's College, ela conseguiu fazer a primeira imagem de DNA por meio de difração do raio X, em 1952. A foto, chamada de Photo 51, foi usada pelo biólogo americano James Watson e pelo físico britânico Francis Crick para a montagem da estrutura hoje conhecida. Isso rendeu a ambos apenas o prêmio Nobel em 1962.
Fonte: University of Rochester/Reprodução
Essa química e física nova-iorquina tem um papel muito importante no desenvolvimento dos computadores atuais. Esther Conwell foi pioneira no campo dos semicondutores e da supercondutividade, área na qual ganhou quatro patentes. Aos 92 anos, continuava trabalhando ativamente quando foi atropelada por um motorista bêbado. Um fim trágico para a "mãe dos semicondutores".
Fonte: Pinterest/Reprodução
Considerada nos meios artísticos de Hollywood como "a mulher mais linda do mundo", a atriz austríaca Hedy Lamarr não se limitou aos papéis determinados às mulheres na década de 1930. Então ela estudou Engenharia, Aerodinâmica básica, Química e Radiocomunicações, o que lhe permitiu desenvolver uma frequência de rádio para os soldados americanos, hoje utilizada nos celulares em sinal de Wi-Fi e Bluetooth.
Fonte: NASA/Reprodução
Matemática, física e cientista espacial norte-americana, Katherine Johnson ficou conhecida pelo filme Estrelas além do tempo, de 2017, que conta a história das mulheres negras que trabalhavam na NASA calculando a trajetória das primeiras missões espaciais. Foram os cálculos precisos de Katherine que possibilitaram aos astronautas da Apolo 11 — e missões posteriores — pisarem na Lua.