Artes/cultura
13/05/2020 às 04:00•2 min de leitura
Conhecida pela impressionante riqueza histórica e relevância cultural internacional, elementos que surgiram após a época dourada do antigo Império Romano, a capital italiana é um berço para registros importantes de estudo e pesquisas, sempre indicando novas descobertas e eventos que, de certa formam, agregam mais valor à importância do local.
O mais recente evento que coloca novamente Roma em evidência entre centros de pesquisa e arqueologia é a descoberta de uma praça datada do século II, aproximadamente entre os anos 117 a 138, durante o império de Adriano. O marco, que surgiu abaixo de uma cratera aberta na última semana próxima ao Panteão, construção histórica mais antiga da cidade, em Piazza della Rotonda, ficou em evidência logo após o estouro de um sistema de encanamentos, segundo informado pelo Corriere de la Serra.
A arqueóloga Marta Baumgartner, responsável pelas escavações após o rompimento do sistema de esgoto, informou que a existência da praça no local já era de conhecimento público desde 1990, quando identificada pela primeira vez. Porém, o intenso tráfego e a dificuldade de realizar pesquisas arqueológicas em lugares de intensa movimentação, como em ruas, criou o protocolo de toda descoberta de tal natureza ser tapada novamente logo após seu registro.
(Fonte: Getty Images/Reprodução)
“O mais interessante é que o local foi encontrado intacto, protegido por uma fina camada de um material vulcânico usado para criar cimento, assim há mais de vinte anos. Isso significa que a proteção arqueológica funciona”, disse a pesquisadora, logo após encontrar, dentro da cratera, sete lajes antigas constituídas de travertino, uma espécie de rocha sedimentar.
A equipe de exploração confirmou que a praça possuía cerca de 120 metros por 60 de dimensão e era frequentemente utilizada por séculos, quando foi tapada, pela primeira vez, durante a Idade Média.
“É uma demonstração inequívoca de quão importante é a proteção arqueológica, não apenas como uma oportunidade de conhecimento, mas como parte fundamental para a preservação dos testemunhos de nossa história, patrimônio inestimável da cidade de Roma”, concluiu Daniela Porro, membro do time responsável pela escavação.
Com as questões envolvendo o isolamento social e a baixa taxa de circulação no território italiano, certamente a praça do Panteão passará um pouco mais de tempo em investigação.