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19/06/2020 às 09:00•2 min de leitura
Conseguir definir bem os grupos de risco da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, é uma tarefa importante para entender os níveis de isolamento social e, também, saber quais pessoas devem redobrar suas atenções. Dessa forma, desde que a pandemia começou, cientistas do mundo todo estão fazendo pesquisas sobre o assunto. Recentemente, a hipótese de uma relação entre os tipos sanguíneos e o quão doente as pessoas ficam tem ganhado muita força.
Uma primeira pesquisa, que foi publicada no dia 27 de março no periódico online medRxiv, apresentava que alguns tipos sanguíneos tinham uma maior tendências de ter pacientes em estados graves, enquanto outros não. O estudo utilizou 2,137 pacientes que contraíram a doença e estavam em três diferentes hospitais de Whuan e Shenzhen.
A priori esse trabalho foi muito rechaçado por cientistas de outras regiões, que questionavam a veracidade e afirmavam que o estudo estava muito cru. Os resultados chineses apresentavam que os tipos sanguíneos A eram mais suscetíveis a ficarem mais doentes, enquanto os tipos O corriam um risco menor perante a covid-19.
(Fonte: Pexels)
Mesmo com tanta refutação, a pesquisa chinesa deixou alguns cientistas com uma pulga atrás da orelha. Assim, um novo procedimento foi aplicado na Europa. O estudo envolveu cientistas da Itália, Alemanha, Dinamarca, Espanha e mais alguns países do Velho Continente.
Neste trabalho, foram utilizados 2 mil pacientes que estavam em situação severa pela covid-19 e milhares de outros que estavam saudáveis, com sintomas fracos ou assintomáticos. Diferenças de risco surgiram a partir dessa pesquisa e, confirmando os chineses, os tipos A tem mais chances de ficarem graves e os tipos O são menos suscetíveis aos riscos.
Segundo o cientista Dr. Parameswar Hari, cada tipo sanguíneo lê proteínas de uma forma diferente. Entre eles, o grupo O é o que tem mais facilidade de identificar algo que não deveria estar ali. Isso pode auxiliar no combate ao Sars-CoV-2, já que o vírus tem proteínas em sua superfície.
(Fonte: Pexels)
Muitos cientistas ainda não estão convencidos de que os tipos sanguíneos podem interferir de fato, mas, no mínimo, as descobertas dos europeus e chineses deve acender um alerta para uma possível relação nos casos de covid-19.