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03/02/2021 às 05:53•2 min de leitura
O ciclone bomba é um fenômeno meteorológico caracterizado por fortes tempestades e ventos que se forma com a queda abrupta da área de baixa pressão de um ciclone extratropical, geralmente formados na região Sul do Brasil e traz enorme devastação e mortes.
Um ciclone extratropical é uma tempestade da classe dos ciclones que se forma em áreas de latitudes médias, uma região caracterizada por grande circulação atmosférica que é responsável pela regulação da temperatura no planeta Terra.
Diversos fatores climáticos podem fazer com que a área de baixa de pressão de um ciclone extratropical sofra uma queda muita veloz e isso causa um deslocamento de ar fortíssimo, fazendo a tempestade despencar como uma bomba, daí o nome.
O termo ficou famoso a partir de julho de 2020, quando atingiu principalmente os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde causou 10 mortes, muitos estragos, chuvas torrenciais e quedas drásticas de temperatura.
Segundo a MetSul Meteorologia, o fenômeno provocou, naquela ocasião, forte ventania na região Sul. Os ventos chegaram a 130 km/h em cidades dos dois estados mais atingidos e causaram quedas de árvores, postes, destelhamentos e rompimento de estruturas metálicas.
Na região Sudeste, os efeitos do ciclone foram menores. No estado de São Paulo, a passagem do fenômeno foi apenas tangencial, embora o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da capital paulista tenha registrado rajadas de ventos e quedas de temperatura de até 8ºC na madrugada de quinta para sexta-feira.
No Rio de Janeiro, a ventania destelhou várias casas, derrubou um poste e algumas árvores. A velocidade dos ventos ainda é grande e há previsão de ressaca com ondas de até 3,5 metros, segundo o Centro de Operações Rio.
Santa Catarina foi o estado mais afetado pela passagem do ciclone. Muitas árvores foram derrubadas e casas destelhadas. Os ventos chegaram a 120 km/h e fortes temporais atingiram todo o estado.
Fortes estragos também foram provocados pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Previsão de ventos de 120 km/h interromperam as atividades portuárias, e mais de 700 mil pessoas estão sem energia elétrica.
No Paraná, ventos de 100 km/h derrubaram árvores e deixaram muitos imóveis em Curitiba sem energia elétrica. O telhado de um conjunto habitacional foi arrancado e algumas ruas da capital tiveram que ser interditadas devido às quedas de árvores e postes