Artes/cultura
13/07/2020 às 03:00•2 min de leitura
Um relâmpago primordial teria sido a fonte responsável por toda a atividade elétrica nos seres vivos de hoje. Isso foi o que sugeriu um novo estudo da Universidade de Massachusetts e, de acordo com os pesquisadores, as frequências elétricas encontradas em vertebrados e invertebrados coincidem com as vibrações naturais da atmosfera da Terra.
O estudo publicado na revista International Journal of Biometeoreology constatou que os seres vivos costumam apresentar uma atividade elétrica em seus sistemas nervosos em um raio de frequências entre 5 e 45 hertz — similares ao fenômeno causado pelo impacto dos relâmpagos no planeta.
(Fonte: Pixabay)
Segundo Colin Price, o autor do estudo e pesquisador de Ciências da Terra na Universidade de Tel Aviv (Israel), a comunidade científica passou a perceber que diversos sistemas biológicos encontrados na Terra apresentavam a atividade elétrica muito coincidente com a elétrica global.
Entre formas simples de vida, como os zooplânctons, e mais complexas, como os seres humanos, todos os seres vivos parecem ter-se sincronizado com a atividade global e adaptado ao longo dos anos, indicando que suas fontes de eletricidade poderiam vir de um denominador comum.
Ao longo da superfície terrestre, raios costumam atingir o planeta cerca de 50 a 100 vezes por segundo — o que causaria um efeito chamado de Ressonância Schumann. Essas ressonâncias de baixíssimas frequências gera um campo magnético na Terra, no qual as formas de vida aprenderam a viver.
A sincronização biológica com essa ressonância seria um fenômeno parecido com o que determina nosso ciclo circadiano, o qual faz com que nossos corpos compreendam a noção de tempo e separem o dia da noite.
(Fonte: Pixabay)
Apesar de soar perigoso, os pesquisadores fizeram questão de ressaltar que a atividade elétrica em nossos corpos não apresenta qualquer sinal nocivo à saúde. Como os corpos se adaptaram ao longo das eras, os organismos entraram em um estado natural que rodeia a existência de vida na Terra.
Em entrevista para o portal Live Science, Colin Price ressaltou que, caso a atividade elétrica no corpo fosse uma ameaça, as pessoas começariam a morrer por relâmpagos toda vez que um deles atingisse a superfície do planeta.
A equipe de cientistas acredita que a nova teoria pode fundamentar estudos futuros sobre Botânica e outros efeitos da ressonância atmosférica em fenômenos biológicos, como a fotossíntese.