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15/07/2020 às 12:00•2 min de leitura
Uma baleia beluga solitária foi avistada rondando a costa leste dos Estados Unidos durante a última semana de junho. De acordo com os pesquisadores locais, a aparição da baleia-branca desperta espanto, visto que os últimos registros de populações do animal apontam para regiões muito distantes de San Diego, na Califórnia.
Os motivos exatos que levaram o animal até as águas californianas ainda são desconhecidos pelos especialistas americanos em vida marinha. As belugas são uma espécie de cetáceos naturais das regiões árticas e subárticas, com o grupo mais próximo estando ligado ao estado do Alaska — mais de 4 mil km de distância de San Diego.
As belugas não são uma espécie de baleia que costuma nadar sozinha por águas internacionais conforme indicam os dados obtidos pelos biólogos marinhos. Esses animais nadam sempre em grandes grupos que, por vezes, são muito inclusivos — em 2018, um baleal adotou um filhote de narval perdido.
E foi justamente esse motivo que deixou o fotógrafo do resort Mission Bay, Domenic Biagini, espantado ao avistar a criatura cor de pérola com mais de quatro metros de comprimento. Em entrevista para o National Geographic, o funcionário destacou que poucas pessoas acreditariam em seu relato sem a presença de imagens.
Então confira o vídeo do momento do encontro feito por Biagini utilizando um drone:
Apesar de muito incomum, essa não é a primeira vez que uma baleia beluga foi vista em locais inusitados pelo planeta. Também em 2018, um indivíduo apelidado de "Benny" foi visto nadando tranquilamente pelas águas do Rio Tamisa, em Londres, no Reino Unido.
Quando um espécime de baleia-branca é encontrado perambulando solitariamente por rios e oceanos, os motivos não costumam ser positivos. Entre as causas mais prováveis para a separação de uma beluga do baleal estão a desorientação ou um estado deficitário de saúde.
A melhor das hipóteses, entretanto, é a de que os animais simplesmente possuíam um vasto instinto de exploração e se separaram do restante de suas famílias para desbravar a imensidão dos mares da Terra.
(Fonte: Pixabay)
O elevado número de casos de espécies ameaçadas pode estar diretamente ligada às ações humanas. De acordo com os biólogos marinhos, a separação de um espécime de beluga pode ser sinal do aumento do tráfego naval nas regiões árticas.
Como os cetáceos são criaturas direcionadas pela ecolocalização, a grande escala de embarcações deixa os oceanos muito barulhentos e prejudica seus radares naturais. Por fim, os últimos relatórios sobre a beluga de San Diego não indicaram quaisquer sinais de graves problemas na saúde do animal.