Navio naufragado há 1,3 mil anos tem símbolos cristão e islâmico

06/08/2020 às 11:001 min de leitura

Pesquisadores e arqueólogos do Instituto Leon Recanati da Universidade de Haifa, em Israel, detectaram registros de mais de 100 mercadorias preservadas em um navio naufragado na costa local, que teria afundado há cerca de 1,3 mil anos. A embarcação do século VII, em seus quase 25 metros de comprimento, escondia uma enorme quantidade de itens, grande parte deles com gravações de símbolos cristãos e islâmicos, resultando em um achado valioso da equipe de buscas.

Segundo a equipe de buscas, 103 ânforas greco-romanas foram encontradas bem preservadas nas dependências do antigo navio, algumas delas contendo ferramentas e produtos agrícolas que possivelmente viriam a ser comercializados entre diferentes territórios. Dessa forma, a descoberta configura o maior achado de carga marítima de materiais bizantinos e muçulmanos em Israel.

(Fonte: Universidade de Haifa/Reprodução)(Fonte: Universidade de Haifa/Reprodução)

Os estudos no local, iniciados em 2016, ainda trazem inúmeras dúvidas devido à riqueza cultural encontrada no interior do navio. "Não sabemos se a tripulação era cristã ou muçulmana, mas encontramos vestígios de ambas as religiões", comentou Deborah Cvikel, arqueóloga da universidade e autora do estudo, afirmando que as inscrições identificadas estavam escritas em grego e árabe, com inúmeras referências a Alá e a cruzes cristãs.

Uma possível falha de rota

Em uma época que o comércio no Mediterrâneo oriental era extremamente limitado e monitorado, a descoberta certamente marca um grande passo para a compreensão das trocas e do comércio entre diferentes tradições e religiões.

"Não conseguimos determinar com certeza o que causou o naufrágio, mas achamos que foi provavelmente um erro de navegação", disse Deborah Cvikel. "Estamos falando de uma embarcação incomumente grande, que foi cuidadosamente construída e está maravilhosamente conservada."

Outra curiosidade foi a ausência de quaisquer tipos de vestígios humanos, que não foram encontrados sequer próximos aos restos de alimentos detectados próximos às ânforas. Como o navio naufragou a cerca de 30 metros da superfície, os estudiosos acreditam que "ninguém morreu nos destroços".

Atualmente suspenso devido à covid-19, o projeto será retomado em breve para avaliação de outras regiões do navio.

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