Ciência
13/08/2020 às 06:00•2 min de leitura
Pesquisadores norte-americanos descobriram novas informações sobre um crocodilo pré-histórico que viveu entre 75 e 82 milhões de anos atrás. O estudo mostrou que o Deinosuchus era tão grande quanto um ônibus urbano e que podia ter até 33 pés de comprimento.
A pesquisa foi realizada em 2018, mas foi publicada em agosto deste ano no Journal of Vertebrate Paleontology. O material trouxe detalhes sobre o caráter predador do animal.
Para o Dr. Adam Cossette, autor do estudo, o crocodilo provavelmente aterrorizava os dinossauros que iam até a beira da água se hidratar.
"Até agora, o animal completo era desconhecido. Estes novos espécimes que examinamos revelaram um bizarro, monstruoso predador com dentes do tamanho de bananas" declarou o pesquisador em um release à imprensa.
Originário da América do Norte, o Deinosuchus vem da mesma linhagem dos crocodilos gigantes que viviam no Cretáceo Superior. Ele é considerado um dos maiores animais do gênero crocodilo que já viveu na Terra.
O Deinosuchus foi o maior predador do seu ecossistema, superando até os maiores dinossauros da sua era. Para se ter ideia, o estudo revelou marcas de mordida do animal em ossos de dinossauro e até em cascos de tartaruga.
De acordo com os paleontólogos, o animal tinha o tamanho de cabeça e a força esmagadora de mandíbula ideais para caçar dinossauros.
Ele não estava sozinho na família. A pesquisa aponta que existiram pelo menos mais duas espécies de Deinosuchus que viveram no oeste da América, de Montana até o norte do México, e ao longo da planície costeira do Atlântico,de Nova Jersey ao Mississippi.
O Deinosuchus desapareceu antes da extinção em massa que aniquilou os dinossauros na era Mesozóica. Ainda não se sabe o motivo da extinção do animal e novos estudos são necessários para entender melhor o que aconteceu.
"É um animal estranho. Isso mostra que crocodilos não são 'fósseis vivos' que não mudaram desde a era dos dinossauros. Eles evoluíram tão dinamicamente quanto qualquer outro grupo" declara o paleontólogo Christopher Brochu, co-autor do estudo.