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10/09/2020 às 04:00•2 min de leitura
Por trás de uma casca aparentemente inofensiva, a barata-d'água esconde sua verdadeira essência, sendo um dos predadores de água doce mais temidos de todo o planeta e um exímio caçador. Sob a tática de se esconder, aguardar e atacar, o animal é um dos seres mais agressivos da natureza especialmente para humanos e sua picada pode resultar em um evento traumatizante para quem decidir matá-la com as mãos ou pés nus.
A barata-d'água pode crescer até 10 centímetros e faz parte do seleto grupo de insetos gigantes. Além disso, o animal é considerado membro dos "insetos verdadeiros", time formado por percevejos, cigarras, pulgões e outros com características de peças bucais exteriores, onze segmentos abdominais e a presença do órgão de Johnston, um aglomerado de células sensoriais.
(Fonte: Minden Pictures/Reprodução)
Super comuns no continente americano, as baratas-d'água utilizam suas carapaças escuras e ovais para se camuflar nas areias e em plantas, pegando desprevenidos animais como tartarugas, patos, cobras, sapos e outras espécies que surjam como alimento ou ameaça.
Porém, o seu grande detalhe fica por conta das presas em sua boca, contendo mandíbulas articuladas, resistentes e esclerotizadas capazes de perfurar plantas e organismos de seres vivos de maneira semelhante aos rostros de navios, resultando em uma das picadas mais dolorosas do planeta.
O apelido do inseto aquático não surgiu à toa. A mordida da barata d'água é sua principal arma utilizada para desestabilizar os oponentes, sendo capaz de ser letal em casos de presas menores. O "mordedor do dedo do pé" possui um modus operandi de se agarrar ao inimigo ou alimento e não soltá-lo até injetar seus sucos digestivos, responsáveis por transferir uma leva de enzimas anestésicas.
Fragilizando o tecido da presa, a barata d'água pode passar horas acoplada em seu alimento sem que seja percebida, causando uma dor excruciante após o efeito da anestesia ser encerrado. Contra humanos, o inseto chega até mesmo a se fingir de morto somente para aproveitar a primeira brecha e dar o bote em direção ao alvo.
O mais recomendado é manter distância dessa criatura estrategista, caso você não queira guardar péssimas lembranças.