Estilo de vida
13/09/2020 às 13:00•2 min de leitura
Uma foca albina, de pelagem meio ruiva e olhos azuis, tem atraído a atenção das mídias sociais após ser fotografada no Mar de Okhotsk, na Sibéria. Mais do que as suas característica diferentes do resto do bando, o que chama a atenção é a solidão do animal que, por sua aparência, tem sido rejeitada pelas demais focas.
Apelidada de “Patinho Feio” pelos pesquisadores, a foca albina é uma raridade cuja probabilidade de nascer é de uma em 100.000. Conforme os cientistas que atuam na ilha Tyuleny, também localizada na região nordeste da Rússia, o animal tem uma visão reduzida e suas chances de crescer e se reproduzir não praticamente nulas.
Fonte: Vladimir Burkanov/Reprodução
O que preocupa os biólogos é que, há uma década, uma outra foca com características semelhantes foi rejeitada pela colônia e, se não tivesse sido resgatada e levada para um aquário, enfrentaria uma morte certa. Agora, esses pesquisadores monitoram a forma pela qual “Patinho Feio” lida com a rejeição, para determinar se ela será ou não resgatada.
Fonte: Vladimir Burkanov/Reprodução
O biólogo marinho Vladimir Burkanov, que faz parte de uma equipe de conservacionistas que trabalha em Tyuleny e nas vizinhas Ilhas Curilas, afirmou que, embora se notem alguns sinais de rejeição, aparentemente “Patinho Feio” não está ameaçada.
"Este filhote parecia bem alimentado e era muito ativo, então sua mãe claramente lhe deu muito leite", disse Burkanov. E concluiu: "as outras focas não dão muita atenção a ele, de uma forma um tanto preocupante, então algo não está indo bem para ele. Mas não está sendo perseguido ou mordido".
<iframe allowfullscreen frameborder="0" width="698" height="573" scrolling="no" id="molvideoplayer" title="MailOnline Embed Player" src="https://www.dailymail.co.uk/embed/video/2245538.html"></iframe>
Depois que o seu vídeo de "Patinho Feio" chamou muita atenção nas redes sociais, Burkanov postou outra foto de foca albina, avistada em 2017 por Sergey Fomin, que teve um destino diferente. “O animal tinha 2 ou 3 anos e estava fisicamente em boa forma, embora estivesse claro que tinha visão ruim”, escreveu Burkanov no post.
Ele resolveu publicar esse relato porque essa outra foca albina foi o primeiro caso documentado da sobrevivência de uma foca-do-norte "diferente" até a vida adulta. "O albino é agora um reprodutor maduro de 5 a 6 anos. Ele não participou da reprodução nesta temporada e foi visto apenas na seção de solteiros".