Artes/cultura
13/09/2020 às 11:00•2 min de leitura
O lobo-da-tasmânia oficialmente é um animal extinto. Segundo os registros históricos, em 1936, morreu o último exemplar dessa espécie que foi o maior marsupial carnívoro da era moderna. Natural da Austrália e da Nova Guiné, o animal era o último representante do seu gênero, Thylacinus, relacionado a várias espécies, cujos fósseis datam do início do Mioceno.
Porém, passado quase um século da morte daquele último animal com físico de lobo e pele de tigre, vários rumores de avistamento de tilacino têm sido tão frequentes que alguns especialistas começaram a questionar se a espécie estaria mesmo extinta.
(Fonte: Leone Lemmer/Australian Museum/Reprodução)
Conhecido pelo seu nome científico completo Thylacinus cynocephalus, o marsupial apareceu pela primeira vez há 4 milhões de anos. A princípio, ele era encontrado em toda a Austrália continental, do norte à Nova Guiné e ao sul até a Tasmânia.
Por razões desconhecidas, o tilacino foi desaparecendo do continente australiano há cerca de 2.000 anos. Persistiu, no entanto, apenas na Tasmânia, tornando-se um símbolo da pequena ilha, mas, ao mesmo, uma fonte de incômodo para os europeus que desembarcaram naquele continente no século XVIII.
Considerado uma praga pelos colonos europeus, os tilacinos passaram a ser perseguidos por atacarem o gado das fazendas, e erradicados por caçadores que recebiam recompensas do governo.
Para se ter uma ideia da extensão das caçadas, entre 1888 e 1909, mais de 2.000 dessas recompensas foram pagas. Além disso, um importante declínio na população do marsupial foi relatada no início do século XX, quando uma doença epidêmica atacou a espécie, já expulsa do seu habitat, após a introdução de cães, gatos e humanos.
O reaparecimento do lobo-da-tasmânia
O aumento de ocorrências de testemunhas relatando a visualização de lobos-da-tasmânia resultou na formação de grupos especializados dedicados a rastrear o animal no seu último habitat. Até mesmo o governo local passou a equipar os guardas florestais com “kits de evidências” para registrar eventuais encontros com o tilacino.
Até o momento, a situação do lobo-da-tasmânia permanece inconclusiva, embora oficialmente o animal esteja “funcionalmente extinto”. Um dos mais ativos pesquisadores em avistamento de tilacino diz que não é cético e nem crente. “A vida é muito mais complicada do que as pessoas querem que seja”, filosofa o biólogo.