Derretimento de calotas irá aumentar nível do mar em 38 cm até 2100

23/09/2020 às 09:002 min de leitura

Segundo cientistas do Projeto Intercomparação do Modelo de Manto de Gelo, liderado pelo Goddard Space Flight da NASA Center, em Maryland, Estados Unidos, a constância na emissão de gases estufas pode aumentar em 38 centímetros o nível do mar, com estimativas do fato se concretizar até o ano de 2100. Com o derretimento das calotas polares e as mudanças climáticas no planeta Terra, locais como a Groenlândia e a Antártica entram na lista de territórios em risco e se veem severamente ameaçados.

Apesar das dimensões globais serem mais difíceis de prever, especialmente quando se trata do território da Antártica, os pesquisadores colocam a Groenlândia como responsável por um aumento de cerca de 9 centímetros nos níveis marítimos, caso permaneçam as altas emissões de dióxido de carbono, como é visto atualmente. Enquanto isso, a Antártica poderia elevar o nível do mar em até 30 centímetros, ligando o alerta vermelho para os cuidados ambientais nas décadas que se seguem.

"Uma das maiores incertezas quando se trata de quanto o nível do mar aumentará no futuro é com quanto os mantos de gelo contribuirão", disse Sophie Nowicki, da Universidade de Buffalo, atual líder do projeto. "E a contribuição dos mantos de gelo depende muito do que o clima fará". 

(Fonte: CNN/Reprodução)
(Fonte: CNN/Reprodução)

Para a mesma projeção dos próximos 100 anos, o Instituto Nacional de Pesquisas Sociais já havia constatado que a estimativa é a temperatura global crescer entre 1,8% e 4%, levando em consideração as variáveis de emissão de gases estufa, densidade populacional e ocupação dos ecossistemas sustentáveis. Dessa forma, o aumento gradual das temperaturas surge como fator determinante para o derretimento dos mantos de gelo, contribuindo para o aumento do nível do mar.

Impacto real nos últimos anos

Apesar dos resultados não levarem em consideração a perda de gelo durante a época pré-industrial, as estimativas são baseadas em dados reais como nos casos das regiões do Mar de Amundsen, no oeste da Antártica, e Wilkes Land, no leste do mesmo continente, extremamente sensíveis ao aumento da temperatura.

Os cientistas da NASA acreditam que os resultados e previsões podem contribuir com os projetos para amenizar a situação e unir esforços para conter os danos ambientais, especialmente quando causados por ações humanas contornáveis.

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