Artes/cultura
27/09/2020 às 04:00•1 min de leitura
Quem mergulha a grandes profundezas pode encontrar vários animais que parecem de outro planeta. O porco-do-mar é um deles: morando a até 6 mil metros de profundidade, esses pequenos bichinhos tem um jeitão rechonchudo e uma cor rosada semelhante a seus “parentes” terrestres – mas, na verdade, o animal pertence ao mesmo grupo dos pepinos-do-mar e não ao dos porcos.
A maioria vive entre 4 e 4,5 mil metros de profundidade, com alguns sendo encontrado muito mais abaixo. Isso faz com que seja impossível estudá-los na superfície, já que eles não resistem à mudança de pressão. Os cientistas precisam ir até o fundo dos mares para estudar a espécie.
Diferente de outros pepinos-do-mar, que possuem corpos mais alongados, a espécie possui membros compridos semelhantes a pés tubulares. Eles se locomovem por conta de um sistema vascular de água, ou seja, através de pressão hidráulica. Para respirar, eles contraem freneticamente o ânus para bombear água para uma espécie de pulmão que filtra o líquido e retira dele o oxigênio.
Ainda falta muita coisa para os cientistas descobrirem sobre essa espécie. Não se sabe, por exemplo, quanto tempo ele pode viver e nem como ele se acasala – isso pelo fato de não ser possível estudá-los acima da superfície, já que ele se desintegra se for retirado de seu habitat.
Outro detalhes já são conhecidos, como o fato de eles terem entre 10 e 15 centímetros de comprimento. As antenas sobre seu corpo são, na verdade, pés, mas que servem para detectar algo morto e comestível no fundo do mar. Caso seja um banquete, é possível que uma reunião de porcos-do-mar aconteça para aproveitar a comilança. E eles também são espertos, movendo-se contra a correnteza, esperando que ela traga algum alimento.