Ciência
05/10/2020 às 10:30•1 min de leitura
Um dos países mais densamente povoados do mundo, a Indonésia tem uma população estimada em mais de 267 milhões de pessoas. A grande maioria delas tem cabelos e olhos escuros, com exceção de um único lugar: a ilha Buton, onde uma tribo indígena tem olhos de uma impressionante coloração azul.
O motivo dessa característica é uma condição hereditária conhecida como Síndrome de Waardenburg. Conjunto de sintomas que afeta cerca de 1 em 42 mil pessoas, a doença é caracterizada por um grau de perda de auditiva e deficiências de pigmentação, que podem incluir olhos azuis brilhantes, ou um único olho azul e outro preto ou marrom.
Descrita pela primeira vez pelo oftalmologista holandês Petrus Johannes Waardenburg, a condição genética que leva seu nome é causada por mutações em qualquer um dos vários genes que afetam o funcionamento das células da crista neural no desenvolvimento embrionário.
O geólogo e fotógrafo amador indonésio Korchnoi Pasaribu foi a ilha Buton e registrou imagens impressionantes do efeito visual da Síndrome de Waardenburg nos membros da tribo local.
A ilha Buton, localizada na região de Sulawesi ou Celebes, na Indonésia, é o lar do povo Buton. Muitos desses nativos sofrem da Síndrome de Waardenburg, e têm olhos azuis elétricos (um ou ambos).