Artes/cultura
07/10/2020 às 06:00•2 min de leitura
Qual o estrago que um animal de meio metro de comprimento pode causar? No caso dos isópodes gigantes, eles podem possuir um apetite tão selvagem que conseguem comer uma baleia inteira sozinhos — desde que esta já esteja morta posteriormente.
Esses assustadores crustáceos habitam no fundo do mar, onde vagam com sua aparência alienígena ou de um enorme inseto em busca de carcaças de criaturas. Entretanto, eles também são exercem um papel essencial para manter seu habitar limpo.
Os isópodes gigantes são animais tão curiosos que acabaram ganhando uma representação no jogo Animal Crossing, mais um game eletrônico de simulação da Nintendo. O videogame os descrevem da seguinte maneira:
“Estes animais são mais felizes quando conseguem se alimentar de carcaças de animais que atingiram o fundo do mar. Comportamento, inclusive, que lhes rendeu o apelido de ‘aspiradores de pó das profundezas’.”
Assim como o nome sugere, os isópodes gigantes são a maior espécie de pequenos crustáceos do mundo todo, podendo medir até meio metro de comprimento. Como a família Isopoda inclui tanto animais marítimos quanto terrestres, os isópodes gigantes são parentes de animais como caranguejos e camarões, mas também de piolhos e percevejos.
O maior espécime já registrado no planeta foi encontrado em 2010 e media cerca de 75 centímetros a 2,5 mil metros de profundidade.
Com um bizarro corpo composto por 14 membros, os isópodes gigantes possuem um par de olhos reflexivos, que mais parecem com um óculos espelhado. Normalmente, têm uma coloração amarronzada ou lilás e usam suas quatro mandíbulas para digerir sua dieta, que pode incluir tubarões, baleias e polvos gigantes.
Por viverem nas profundezas do oceano, essa espécie passou despercebida pela comunidade científica até o ano de 1879. Vivem, em sua maioria, nas águas do Oceano Pacífico próximas ao Japão ou no sul da China.
Apesar da sua aparência completamente estranha e inusitada, os isópodes gigantes não costumam serem predadores vorazes. Quando não se alimentam de animais mortos, a sua preferência parte para criaturas lentas como as esponjas do mar.
Além disso, a escassez de comida no fundo do mar fez com que essa espécie se adaptasse diversas vezes durante sua existência, possuindo um metabolismo muito lento. De acordo com os pesquisadores, um espécime pode passar cinco anos sobrevivendo sem uma única refeição.