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05/11/2020 às 05:00•2 min de leitura
Na tentativa de preparar a humanidade para as ações devastadoras de um furacão, o Centro Internacional de Pesquisa em Furacões (IHRC) e a Escola de Engenharia da Universidade Internacional da Flórida (FIU), nos Estados Unidos, passaram 15 anos desenvolvendo um projeto único: uma parede de ventiladores capaz de reproduzir rajadas de vento de 250 km/h.
Chamada de ‘Parede de Ventos’, essa construção é considerada o maior simulador de ventos do mundo todo e consegue reproduzir a força de um furacão de categoria 5. Sua maior utilidade é testar materiais de construção para garantir que novas edificações estarão protegidas de um possível desastre natural.
Tudo teve início em 2005, quando a IHRC reuniu duas turbinas de ar capazes de gerar ventos de até 190 km/h. Porém, como o crescimento da necessidade de testar materiais de construção com rajadas ainda mais fortes, o projeto começou a expandir e a Parede de Ventos ganhou mais alguns ventiladores.
Atualmente, a instalação possui 12 ventiladores enormes que, em conjunto, podem simular os ventos de 250 km/h de um furacão de maior escala. Para se ter ideia, pesquisadores indicam que as árvores começam a se partir em rajadas de ar de 150 km/h, independente da sua idade, diâmetro ou propriedades elásticas.
Em seu site, a FIU garante que a Parede de Ventos pode até a falha construções domiciliares em tamanho real reproduzidas no local de testes e estruturas comerciais de pequeno porte.
Graças ao seu sistema integrado de injeção de água, a estrutura criada pela IHRC permite aos engenheiros testarem não apenas os danos causados pelos ventos, mas também a de uma chuva horizontal trazida pelos furacões.
Em testes de pequenas construções, elas são posicionadas em uma plataforma central que permite à Parede de Ventos emitir ventos de todos os ângulos possíveis, o que ajuda a equipe técnica identificar possíveis falhas no projeto.
A estrutura pode ser calibrada para variadas intensidades de ventos, possibilitando os engenheiros o conhecimento necessário para identificar quais materiais melhor se encaixam em situações de desastres naturais.
Em sua última obra de atualização, a ferramenta adquiriu a capacidade de replicar furacões de mesma intensidade dos Katrina e Andrew, que possuem categoria 5 na escala de furacões Saffir–Simpson.