Artes/cultura
12/01/2021 às 14:00•1 min de leitura
Quando chamamos aquela marca vermelha que os mosquitos deixam em nossos corpos de “picada”, não poderíamos estar cientificamente mais corretos, pois o mecanismo que o inseto usa para furar nossa pele tem uma estrutura semelhante à agulha de uma seringa, conforme fotos em close-up divulgadas recentemente.
A tecnologia da injeção médica é utilizada em todo o planeta de forma corriqueira, e hoje o grande objeto de desejo da população mundial é uma picada da vacina contra a covid-19. E, para os que reclamam dessas picadinhas atuais, é bom saber que as primeiras doses de administração de medicamentos via subcutânea eram feitas com um tipo de agulha de cerzir.
Mas, atualmente, quando pensamos que atingimos o máximo em tecnologia de agulhas, é bom saber que os mosquitos já dominavam esse mecanismo de sucção de sangue de animais há milhões de anos. Todos os insetos possuem essa ferramenta, chamada probóscide (uma espécie de tromba), usada pelas fêmeas para sugar o sangue necessário à produção de ovos.
A probóscide dos insetos dípteros é um mecanismo com seis instrumentos distintos, sendo cinco para serrar a pele, empurrar para abrir o buraquinho e soltar a saliva para desinfetar nossos líquidos. A sexta peça, o labrum, canaliza o sangue. O sistema é tão eficiente e indolor que é pesquisado por cientistas para construir agulhas para biópsia de tumores internos.