Artes/cultura
19/01/2021 às 13:00•2 min de leitura
O Zoológico de Oregon, nos Estados Unidos, anunciou o falecimento do orangotango mais velho do mundo. Inji era uma fêmea que estava no local desde 1961, quando sua idade foi estimada em 1 ano. Portanto, ela faleceu aos 61 anos de idade, sendo a mais velha de sua espécie que se tinha documentado.
Inji é fruto do tráfico de animais, chegando ao país para ser comercializada. Ela era originária de Sumatra, a maior ilha da Indonésia – e a sexta maior do mundo. “A gente sabia que ela não iria viver para sempre, mas isso dói muito”, lamenta Bob Lee, supervisor do bem-estar animal no Zoo de Oregon. “A Inji tinha uma capacidade incrível de se conectar com as pessoas”, complementa.
A orangotango sempre foi muito ativa, interagindo com todos os visitantes. Por isso, seus cuidadores sempre traziam objetos e brinquedos coloridos para distraí-la. Inji inclusive tinha uma especial admiração por crianças. Hoje em dia, existem apenas 15 mil orangotangos-de-sumatra (Pongo abelii), como Inji, soltos na natureza, sendo listados como criticamente em perigo pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
De acordo com a National Geographic, os orangotangos vivem de 30 a 40 anos na natureza. Os bons tratos recebidos no zoológico e a constante interação com os visitantes, que a mantinham em atividade, foram fundamentais para Inji extrapolar a estimativa de vida de seus parentes selvagens.
Nas últimas semanas de 2020, a saúde de Inji se deteriorou rapidamente. A idade avançada atrapalhou a locomoção, por isso a orangotango passava a maior parte do tempo em seu ninho. Quando se movia, era muito lentamente e com bastante dor. Os médicos decidiram pela eutanásia, em 9 de janeiro, após Inji não responder mais à medicação para enfrentar as dores. Inji deixou uma filha: a orangotango Markisa, de 33 anos, que habita o Zoo & Conservatório Como Park, em Minnesota.