Artes/cultura
28/04/2021 às 09:00•2 min de leitura
Nesta quarta-feira (28), comemora-se o Dia Nacional da Caatinga, criado em 2003 com o intuito de homenagear o único bioma 100% brasileiro e conscientizar a população a respeito da importância da sua conservação para o equilíbrio ambiental do país.
Aproveitando a data especial em homenagem ao professor e geólogo João Vasconcelos Sobrinho, nascido em 28 de abril de 1908 e considerado uma das principais autoridades em ecologia da América Latina, relembramos alguns detalhes sobre o bioma.
A caatinga é um bioma que ocupa área equivalente a 11% do território nacional, abrangendo os estados do Maranhão, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Bahia, Sergipe e parte de Minas Gerais. Esta região se caracteriza pelo clima tropical semiárido e é afetada por longos períodos de estiagem.
Por causa do clima seco, a vegetação precisou se adaptar à aridez do solo e à escassez de água, resultando no desenvolvimento de espécies únicas da região. Mandacaru, xique-xique, bromélias, juazeiro, acácia, umbu, macambira e maniçoba são alguns dos exemplares da flora da região.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O clima também tem grande influência na fauna da caatinga, exigindo uma grande adaptação a condições hostis para sobreviver no bioma. Entre os animais encontrados na área estão a ararinha-azul, onça-parda, cotia, tatu-bola, jacaré-de-papo-amarelo, sagui-do-nordeste, preá, veado-catingueiro, macaco-prego e asa-branca.
A região, cujo nome em tupi-guarani significa “mata branca”, em referência à cor da vegetação durante a seca, tem um solo raso e pedregoso, rico em minérios e pobre em matéria orgânica, na sua maior parte, dificultando o armazenamento de água, mas ainda assim usado para a criação de animais.
Devido às suas características, os rios da caatinga são, em sua maioria, intermitentes ou temporários, ou seja, só existem durante o período chuvoso. Apesar disso, é no bioma que passa um dos mais importantes cursos de água do Brasil e da América do Sul, o Rio São Francisco.
(Fonte: Pixabay)
Moradia para quase 30 milhões de pessoas e uma área de grande biodiversidade, a caatinga já teve quase metade da paisagem devastada pela ação do homem, segundo o Ibama, e tem de 15% a 20% do território em alto grau de degradação, correndo risco de desertificação.