Artes/cultura
12/05/2021 às 10:13•2 min de leitura
Você já parou para se perguntar como os maiores navios de cruzeiro conseguem permanecer na água sem afundar? Em 2018, a empresa de cruzeiros Royal Caribbean International estreou o Symphony of the Seas, uma enorme embarcação pesando 228 mil toneladas que conta com teatros e até mesmo uma tirolesa.
O fato desses gigantes colossais conseguirem se manter de pé parece um verdadeiro milagre, mas tudo é baseado em conceitos físicos. Para que isso ocorra, os navios são projetados para utilizar uma combinação de flutuabilidade, deslocamento de água, materiais e design.
(Fonte: Pixabay)
Para não afundarem, os navios são projetados para deslocar uma quantidade de água equivalente à sua própria massa. Dessa forma, a pressão do oceano empurra o casco do navio ao mesmo tempo que neutraliza a força descendente da sua massa. A força descendente do navio combinada com a força ascendente do oceano trabalham em conjunto para manter o navio flutuando — conhecido como principio de Arquimedes.
Além da flutuabilidade e do deslocamento de água, outros fatores são essenciais para manter os colossos na superfície do mar. Para que funcione, um navio deve ser feito de materiais leves e resistentes que são mais densos que a água, como aço extra resistente. Adicionalmente, esses materiais precisam ser usados em um design que permita que eles desloquem seu peso na água antes de submergir.
A maior parte desse projeto é implementado no casco, o corpo que fica abaixo do convés principal e que empurra a água para fora do caminho e permite que a embarcação flutue. Após anos de experimentação, os engenheiros descobriram que o melhor formato de casco para dispersar a água precisa se parece com a letra "U".
(Fonte: Wikimedia Commons)
Para os navios de cruzeiro, entretanto, flutuar não basta. Antes de tudo, essas embarcações precisam viajar suavemente para fornecer o maior tipo de conforto aos passageiros. Dessa forma, é essencial que os cascos sejam projetados para proteger as pessoas no interior de obstáculos como icebergs, recifes e bancos de areia que podem rasgar as camadas externas do navio e causar uma tragédia semelhante ao do RMS Titanic em 1912.
Por isso, hoje em dia a maioria dos cruzeiros é confeccionada com casco duplo, sendo um dentro do outro para fornecer segurança redobrada. Em último lugar, o interior dos navios também conta com anteparas em caso de sofrer danos maiores. Essas enormes paredes verticais são instaladas em todo o interior de um navio e podem ser fechadas para impedir a entrada de água no casco danificado. Em último caso, limitar o fluxo de água pode evitar que o navio alague e afunde.