Estilo de vida
13/06/2021 às 10:00•2 min de leitura
Assim como as formigas, as abelhas são uns dos melhores exemplos dentro do reino animal de criaturas com excelente habilidade para desenvolver comunidades bem estruturadas entre si. As colmeias, vistas como lar para cada grupo de abelhas, operam ao redor de uma rainha enquanto o restante das abelhas voa em busca de pólen e néctar.
Cada colônia possui uma única abelha-rainha, milhares de abelhas operárias do sexo feminino e poucos zangões — espécimes do sexo masculino. Durante seu tempo de vida, a líder da sociedade acasala apenas uma ou duas vezes com múltiplos parceiros logo ao ser introduzida ao grupo, armazenando o esperma em uma área especial do seu corpo e podendo botar ovos para o resto da sua vida (3 a 5 anos).
(Fonte: Pixabay)
Por décadas, cientistas sabiam que as abelhas assumiam funções diferentes dentro de uma colmeia com o passar dos anos. Entretanto, pesquisas recentes têm mostrado que as "etiquetas químicas" existentes no DNA de cada espécime exerce um papel importante na determinação do plano de carreira de uma abelha.
Essas etiquetas, que são frequentemente formadas por cadeias de carbono e hidrogênio, controlam a expressão de um determinado gene e afetam diretamente a maneira como um organismo se comporta na sociedade. Segundo estudos feitos pela Universidade Estadual do Arizona, nos Estados Unidos, esses comportamentos são irreversíveis e ditam a vida toda de uma abelha.
Além da rainha e dos zangões, responsáveis pela reprodução da colmeia, as abelhas trabalhadoras operam em dois grupos: as forrageiras e as enfermeiras. Enquanto as primeiras são quem vai atrás de pólen, néctar e água para a comunidade, as últimas são a grande maioria na colmeia e trabalham para garantir a segurança da rainha e de suas crias.
(Fonte: Pixabay)
Em média, uma colmeia possui uma população de 10 mil a 50 mil abelhas trabalhadoras. Proporcionalmente, as forrageiras representar 30% desse grupo, mas podem assumir uma fatia maior dependendo de alguns fatores ambientais. Na época de floração das plantas, por exemplo, mais abelhas se desenvolvem em forrageiras para aproveitar a oferta aumentada de alimento.
Uma colmeia opera exclusivamente ao redor de sua abelha-rainha, responsável por ordenar todas as outras. Sem uma abelha rainha, uma colônia perde completamente seu ponto de referência e é possível notar um aumento de agressividade e agitação entre as abelhas.
Quando uma rainha se torna muito velha ou adoece, as abelhas enfermeiras passam a secretar uma "geleia real" rica em ácidos graxos e proteínas, alimentando algumas larvas com esse produto. Essa dieta estimula o crescimento de uma nova abelha-rainha, que assumirá o controle da comunidade e reestabelecerá a paz na colmeia.