Artes/cultura
21/06/2021 às 08:00•2 min de leitura
A empresa Blue Abyss, com sede no Reino Unido, revelou que os arredores do Cornwall Airport Newquay irão receber, nos próximos anos, a maior e mais profunda piscina do planeta. A proposta da companhia é transformar o local em um centro de treinamento para astronautas capaz de simular condições de microgravidade, colocando à prova a resistência humana e realizando pesquisas sobre condições de vida em viagens espaciais.
O projeto foi inicialmente apresentado em julho de 2015 pela Universidade de Essex e surgiu como uma estratégia para facilitar o convívio de profissionais com o ambiente espacial, visto que em 2022 o aeroporto irá inaugurar seu espaçoporto para a realização dos primeiros lançamentos da Virgin Orbit. Segundo os engenheiros, a piscina terá 50 metros de comprimento e 40 metros de profundidade, além de um poço mais profundo com 50 metros de profundidade e 16 metros de largura.
(Fonte: Blue Abyss / Reprodução)
O custo estimado para a produção do centro de treinamento seria de 40 milhões de libras (cerca de R$ 281 milhões, em conversão direta), e resultaria em uma obra que conseguiria superar a piscina de treinamento da NASA (12 metros), em Houston, EUA, e a Y-40, considerada a mais profunda do mundo com seus 42 metros, que fica localizada em um resort na Itália. Essas dimensões, então, abrigariam cerca de 42 mil metros cúbicos de água, algo equivalente a 17 piscinas olímpicas ou 168 milhões de xícaras de chá.
(Fonte: Blue Abyss / Reprodução)
"Cornwall é o lar perfeito para o Blue Abyss, uma região com grande potencial para suas ambições espaciais, aeroespaciais e energia renovável", disse o astronauta Tim Peake. "Este projeto se juntará à Goonhilly Earth Station (uma grande estação espacial de radiocomunicação localizada em Cornwall) e ao Spaceport Cornwall como ativos nacionais significativos, criando uma instalação de treinamento e teste em alto mar e pesquisa espacial, bem como um fantástico recurso educacional, ajudando a ampliar nosso conhecimento de como humanos e tecnologia podem funcionar em ambientes extremos."
O arquiteto britânico Robin Partington projetou a piscina para realizar inúmeras funções estratégicas e revelou que o local não irá conter apenas a piscina de microgravidade, mas um centro de treino, câmaras hipobáricas e hiperbáricas, salas de aula, espaços de alimentação, recreação e acomodação. Dessa forma, haveria condições essenciais para a pesquisa para indústrias aeroespaciais, robótica subaquática, fisiologia humana, defesa, lazer e indústrias marítimas.
(Fonte: Blue Abyss / Reprodução)
Enquanto a Blue Abyss estuda comprar quatro terrenos nas proximidades do Aerohub Business Park, a estimativa é que as obras iniciem em meados de 2023.