Artes/cultura
03/07/2021 às 12:00•2 min de leitura
Se você é um amante do mundo aquático e visita vários aquários, já deve ter percebido que nenhum deles possui um tubarão-branco. O tubarão-branco ou Carcharodon carcharias é uma espécie de tubarão, sendo o maior predador de dimensões existentes na atualidade. Essa espécie pode atingir até 7 metros de comprimento e pesar até 2,5 toneladas.
O tubarão-branco vive no meio do oceano, principalmente, nas águas costeiras dos oceanos e se alimenta de tartarugas e focas. O grande tubarão-branco é reconhecido em todo planeta e seria uma bela espécie para se ter em qualquer aquário. Seria se eles não morressem imediatamente quando colocados em outro habitat ou se tornassem totalmente agressivos.
Financeiramente, essa seria uma ótima atração para grandes aquários de todo o mundo. Porém, nunca houve um tubarão-branco vivendo em cativeiro por muito tempo.
Na década de 1970, vários tubarões foram introduzidos em aquário, mas em nenhum dos casos a experiência foi positiva. (Fonte: Pixabay/Reprodução)
O período mais longo que isso ocorreu foi de 198 dias, no Aquário de Monterey Bay, construído para peixes de mar aberto, contendo 3,78 milhões de litros de água e profundidade de 10,6 metros enquanto o tubarão tinha apenas 1,2 metros. O tubarão teve que ser solto, pois ele continuava atacando outros tubarões e peixes que dividiam o espaço com ele.
Além de se tornar agressivo, muitos deles morrem horas depois de serem colocados em tanques, simplesmente por não aceitarem a mudança de habitat. Os que não morrem imediatamente, podem se recusar a comer ou atacar outros peixes, forçando a soltura.
Em um dos casos conhecidos, um tubarão morreu após três dias em cativeiro, em que passou todo o tempo dando cabeçada no tanque em que estava preso. No caso em questão, foi apontado que o tubarão passou pela sensação de eletrorrecepção que foi afetada pelo vidro e acabava o confundindo.
Tubarões-brancos caçam animais maiores, como focas e tartarugas marinhas — uma alimentação relativamente difícil de se dar a um animal em cativeiro. (Fonte: So Cientifica/Reprodução)
Ao contrário do que se pensa, o tamanho não é problema, pois há animais maiores, como tubarões-baleia e orcas que vivem bem em cativeiros. A conclusão encontrada pela ciência é de que essa é uma espécie nômade e que está adaptada para viajar longas distâncias em um período curto de tempo.
Como isso não é possível em aquários, os animais se projetam nas paredes e são afetados psicologicamente, inclusive bebês, mostrando que é algo instintivo e inato à espécie.