Ciência
08/07/2021 às 03:00•1 min de leitura
Comemorado em 8 de julho, o Dia Nacional da Ciência foi criado para incentivar a atividade científica no país. Quem aproveita para celebrar a data é o PhD, neurocientista, neuropsicólogo e biólogo luso-brasileiro Fabiano de Abreu. Membro da Sociedade Brasileira e Portuguesa de Neurociência e da Federação Europeia de Neurociências, ele observa que “o Brasil tem bons cientistas, alguns de nome internacional. Um cientista é aquele que não apenas estuda, o cientista inventa, descobre, aprimora, aperfeiçoa, traz solução”.
Para exercer atividades ligadas ao universo científico, ele mostra que não é uma tarefa das mais fáceis: “É necessário criatividade e conhecimento amplo na área de estudo. O cientista tem que estar sempre estudando para que possa dar os melhores resultados em suas descobertas”, revela.
Mas qual é o problema no Brasil quando se fala na qualidade da ciência que é desenvolvida por aqui? Para Fabiano, “faltam boas universidades que apoiem os projetos e acredite no potencial dos cientistas. Não há investimentos na pessoa cientista por aqui, como é feito nas grandes nações deste ramo”.
Por outro lado, Abreu lamenta que não exista uma cultura midiática de incentivo à ciência. “A grande imprensa no Brasil valoriza mais os de fora. E isso não só desmotiva, como também não ajuda para conseguir investidores para as pesquisas”. Somando-se a isso, ele acredita que o governo também deve facilitar a atividade destes profissionais: “O governo tem planos de verbas para a ciência. Mas é burocrático e poucos conseguem ter acesso”, lamenta.
Diretor Geral de um centro de pesquisas e cientista em estudos de suplementos de fábricas, Fabiano de Abreu confia “que este dia 8 de julho seja levado a sério como uma reflexão e a partir daí novas portas se abram no Brasil para que esses profissionais consigam realizar da melhor maneira os seus trabalhos. Força de trabalho para sermos como as grandes potências nós já temos, basta acreditar nelas”, completa.