Estilo de vida
14/09/2021 às 09:04•2 min de leitura
Uma startup anunciou, nesta segunda-feira (13), o investimento de US$ 15 milhões (aproximadamente R$ 78 milhões, em conversão direta) para trazer os mamutes de volta à vida. A técnica de ressurreição utilizaria o sistema de Repetições Palindrômicas Curtas Agrupadas e Regularmente Interespaçadas (CRISPR), para editar os genomas de elefantes asiáticos e criar indivíduos híbridos.
A missão de recuperação do animal extinto faz parte dos planos do geneticista George Church e do empresário Ben Lamm, ex-CEO da Hypergiant, que se juntaram para propor uma estratégia capaz de reviver uma criatura semelhante ao mamute-lanoso, porém mais próximo de um animal híbrido, que seria um elefante-mamute. Para isso, a dupla contou com o patrocínio de quase 15 empresas das mais diversas áreas, incluindo cientistas de clima, investidores de mercado, associações de proteção animal e mais.
(Fonte: Oceanwide / Reprodução)
"Nosso objetivo não é apenas trazer de volta um mamute, isso é uma façanha por si própria", disse Ben Lamm. "É para a bem-sucedida 'refaunação' de mamutes. Se você pegar esse kit de ferramentas, você tem todo o necessário à sua disposição para evitar a extinção ou para trazer de volta espécies criticamente ameaçadas". Além dessa ideia de repopulação, a empresa argumenta que busca combater os efeitos das mudanças climáticas por meio da recuperação do ecossistema, pois a presença dos animais no Ártico poderia desacelerar o derretimento do permafrost.
Church, que criou o primeiro método de sequenciamento genético na década de 1980, lidera os esforços no Instituto Wyss, em Harvard, e confirma que o procedimento com CRISPR acaba de entrar na fase de testes em humanos. As próximas etapas do projeto visam à extração de genes de mamutes congelados para continuar o processo de adição de amostras em elefantes asiáticos, visto que pouco mais de 45 fragmentos de DNA já foram trabalhados com sucesso. Nesse ritmo, os cientistas esperam ter o primeiro filhote completamente formado em cerca de 4 a 6 anos.
Ao mesmo tempo que a prática é vista com otimismo, personalidades acadêmicas criticam a iniciativa da Colossal, afirmando que a reintrodução da espécie não deverá resolver os problemas envolvendo a condução humana e que uma criatura recém-nascida pode até gerar novos problemas ambientais, como doenças, migração de espécies existentes e alteração da paisagem real.