Artes/cultura
07/10/2021 às 06:30•2 min de leitura
Considerado pelos astrônomos um dos maiores cometas já vistos, o Bernardinelli-Bernstein, que saiu da borda do Sistema Solar, está vindo em direção à Terra. Ele tem 150 km de diâmetro, sendo cerca de 31 vezes maior que qualquer outro já observado pelos cientistas.
O cometa foi identificado pela Agência Espacial Americana (NASA), no ano de 2014, porém somente este ano — sete anos depois — que os cientistas conseguiram encontrá-lo. Nomeado em homenagem aos cientistas que o descobriram, dos quais um é brasileiro, o Bernardinelli-Bernstein, em um primeiro momento, foi confundido com um tipo de astro conhecido como “planeta-anão”.
Porém, conforme ele foi se aproximando do nosso planeta, os astrônomos puderam observar que, na verdade, era o cometa identificado em 2014. Pelos próximos anos, ele deve se aproximar ainda mais da Terra, dando aos cientistas a oportunidade de entender mais sobre a formação do Sistema Solar.
Um cometa é composto basicamente de gelo. (Fonte: Aleksandar Pasaric/Reprodução)
Os cometas orbitam o sol e apresentam semelhanças com os asteroides, mas sua composição é diferente. Eles são bolas maciças feitas basicamente de gelo, poeira e algum material rochoso. Sua estrutura física é dividida em núcleo, cabeleira ou coma, e a cauda — que pode se estender por milhões de quilômetros.
Outro fato curioso é que eles podem ser periódicos (como o cometa Halley, que passa pelo Sistema Solar a cada 76 anos) e não periódicos, os que entram e saem rapidamente do Sistema Solar.
De acordo com a NASA, existem 3.743 cometas conhecidos pelo ser humano.
Bernardinelli-Bernstein levará milhões de anos para circundar o sol. (Fonte: Alex Andrews/Reprodução)
Até então, os cientistas tinham conhecimento de cometas de 3 a 5 km de diâmetro, o que pode ser comparado ao tamanho de um pequeno vilarejo, por exemplo. Porém, o Bernardinelli-Bernstein, especificamente, tem aproximadamente 150 km de diâmetro. É quase a distância entre o Rio de Janeiro e Cabo Frio.
Apesar do seu tamanho e de sua rota, não há com o que se preocupar: sua órbita está e permanecerá muito longe da Terra. O mais perto que ele deve chegar do nosso planeta é cerca de 2,5 bilhões de quilômetros de distância do Sol, e isso só no dia 21 de janeiro de 2031.