Artes/cultura
23/11/2021 às 04:30•3 min de leitura
O que faz você ser você? Talvez você tenha pensado em uma resposta filosófica, mas cientificamente falando é a genética que pode responder isso. Essa área do conhecimento é definida como o estudo dos genes e de como as características genéticas podem ser transmitidas.
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Antes de tudo, é importante saber que são os nossos genes os responsáveis por carregar as informações que afetam nossa aparência, saúde e até mesmo a nossa personalidade.
Os trabalhos do biólogo, botânico e frade agostiniano católico, Gregor Mendel (1822-1884), são considerados como as bases para a genética como uma disciplina científica, e isso lá no século XIX.
Mendel foi fundamental para o conhecimento da genética.
Mendel suspeitou que determinados traços poderiam ser herdados como unidades discretas e, mesmo não sabendo nada sobre a natureza química ou física dos genes na época, conseguiu estabelecer as leis da genética. Seus trabalhos com cruzamento de plantas se tornaram fundamentais para o desenvolvimento da compreensão atual sobre o que é e como funciona a hereditariedade.
Para entender a importância dos experimentos conduzidos pelo frade, basta considerar que todas as pesquisas atuais na área de genética podem, de alguma forma, ser rastreadas até os estudos e pesquisas que ele desenvolveu sobre as leis que regulam a herança de características.
Curiosamente, o termo “genética” não foi introduzido na biologia por Gregor Mendel e, sim, por William Bateson (1861-1926), em 1905, um dos redescobridores das pesquisas do religioso, e que se tornou um dos principais defensores da ideia e dos princípios de hereditariedade estabelecidos pelo botânico em 1886.
Antes de Mendel, não havia evidências científicas e, muito menos, pesquisas sólidas sobre os padrões de herança genética. No entanto, quando estudamos a própria história da humanidade notamos que sempre estivemos interessados nos genes, até mesmo muito antes das primeiras civilizações.
Noções de semelhanças entre grupos humanos foram essenciais para o surgimento das primeiras dinastias familiares e reais. As primeiras tribos nômades que domesticavam e pastoreavam animais, selecionavam seus rebanhos com base em características específicas.
(Fonte: Sci News/Reprodução)
Outro exemplo de como os genes eram importantes milênios atrás, são os primeiros assentamentos humanos que exerciam a agricultura, muito provavelmente, selecionando plantas com qualidades favoráveis à região onde estavam. Isso sem contar que várias culturas antigas já descreviam as linhagens de animais, como a dos cavalos.
Desde 1886, quando o austríaco Gregor Mendel obteve seus primeiros resultados, a evolução do conhecimento no campo da genética nunca parou. Aliás, muitas descobertas importantes foram feitas ainda em sua época:
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A história da genética continua sendo feita e, a cada descoberta, fica evidente o quanto essa área do conhecimento ainda guarda segredos sobre nós e o mundo que nos cerca.