
Ciência
10/01/2022 às 06:36•2 min de leitura
Nós aprendemos nas aulas de biologia que apenas seres vivos mais simples, como bactérias e protozoários, se reproduzem de forma assexuada, criando pequenas cópias de si mesmos. Por outro lado, os animais e plantas precisam de esperma e óvulos, masculino e feminino, para que a reprodução sexuada aconteça. Porém, nem sempre é assim...
Há alguns anos, cientistas descobriram que algumas espécies de animais se reproduzem com um processo chamado partenogênese — ou nascimento virgem, em grego. Porém, ao contrário de outras histórias de nascimentos virginais, esses aqui não têm nada de milagrosos: é simples questão de sobrevivência.
Imagem: Wikimedia Commons
As fêmeas humanas, racionais, podem fazer tudo sem os machos da espécie — embora ainda precisem de um banco de esperma caso queiram ter filhos. Isso porque os óvulos só tem uma metade dos 46 cromossomos necessários, precisando dos outros 23 vindos do esperma.
Já algumas espécies conseguem por ovos e gerar descendentes sem esperma: as fêmeas, por conta própria, multiplicam seus pares de cromossomos e "se fertilizam" sozinhas. Nisso, alguns animais acabam sendo clones da própria mãe, enquanto outras até conseguem misturar seus próprios genes para criar filhotes diferentes de si.
Esse fato é mais comum nos lagartos, mas depois foi observado nas cobras e, mais recentemente, em peixes e tubarões. São espécies que se reproduzem sexualmente, com machos e fêmeas acasalando, mas, mesmo assim, as fêmeas desenvolveram a capacidade de se reproduzirem sozinhas. Assim, elas não dependem de nenhum macho para gerar descendentes. Além disso, algumas cobras já foram observadas gerando machos por partenogênese, para depois cruzar com eles, já que não havia outros disponíveis.
Em algumas espécies de animais que se reproduzem por partenogênese isso não é nem uma questão de "se virar" sem machos, pois, na verdade, só existem fêmeas mesmo. Esse é o caso de várias espécies de bicho-pau, abelhas, moscas e grilos: as fêmeas se reproduzem sozinhas, geram outras fêmeas que fazem o mesmo e por aí vai; então, simplesmente não existem machos.
Já os lagartos do gênero Cmenidophorus são um dos poucos casos em que isso acontece em animais vertebrados. Em algumas espécies, há somente lagartos-fêmea, que produzem filhotes sozinhas. O curioso é que elas simulam os atos sexuais: quando uma lagarta está para produzir ovos, outra fêmea vem e acasala com ela. Em 2 semanas, quando uma estiver fértil, os papéis se invertem.
Imagem: Wikimedia Commons
Nesse gênero, outras espécies têm machos, mas fêmeas se reproduzem sozinhas — e se, por acaso, elas encontrarem machos, eventuais filhotes terão três conjuntos de cromossomos.
O mais curioso ainda é o que acontece em algumas espécies de salamandra: elas têm conjuntos de cromossomos "de sobra" para se reproduzirem sozinhas, porém ainda precisam do material genético masculino para estimular a produção dos ovos. Então, elas "roubam" o esperma dos machos de outras espécies para isso — embora o material genético do bicho seja descartado na produção do filhote.
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