
Ciência
24/01/2022 às 04:00•2 min de leitura
Um novo estudo publicado na revista Antiquity e organizado pelos arqueólogos Victor Trifonov, Denis Petrov e Larisa Savelieva pode ter revelado a verdadeira natureza de antigos cetros da Idade do Bronze, encontrados em 1897 no sul da Rússia. Segundo a pesquisa, os artefatos coincidem com itens utilizados pela elite suméria para beber cerveja cerimonial, sendo essenciais para o desenrolar dos primeiros rituais locais envolvendo o consumo de álcool.
As tumbas de Maikop Kurgan, detectadas originalmente no final do século XIX pelo arqueólogo Nikolai Veselovsky, abrigavam 8 tubos de prata e ouro adornados com pequenos touros, cada um com cerca de 1,1 metro de comprimento.
Até a primeira década do século XXI, especialistas defendiam a tese que os objetos eram, de fato, artigos cerimoniais utilizados como forma de poder, mas novas observações podem provar que as sugestões estavam parcialmente equivocadas e que os itens têm chances de serem relacionados com o surgimento dos primeiros canudos.
Em suas pesquisas, Trifonov e sua equipe identificaram, na extremidade dos tubos, fendas semelhantes a filtros, que estavam marcadas por impurezas (como cascas) derivadas de amido de cevada e grãos de pólen. Esses filtros, então, serviriam como coadores que facilitariam a degustação, tornando a ingestão do líquido mais suave e sem qualquer possibilidade de contaminação por grânulos desagradáveis.
(Fonte: Antiquity/Reprodução)
Outro detalhe que chamou atenção dos especialistas russos foi o fato de que os bastões dourados estavam próximos de um grande recipiente com capacidade de armazenamento de até 32 litros, podendo fornecer uma quantidade de 7 ou 8 litros de bebida para cada pessoa que utilizasse os tubos durante o ritual.
Trifonov acredita que os canudos dourados tiveram origem a partir de 5000 a.C., quando os sumérios se estabeleceram como os primeiros povos colonizadores da Mesopotâmia. O estudo aponta que os hábitos de beber ritualisticamente em largos tubos metálicos foram passados entre gerações e alcançaram os povos antigos da Rússia, incentivando novas práticas mercantis e favorecendo o consumo comunitário de cerveja.
(Fonte: State Hermitage Museum/Reprodução)
“O contexto do enterro Maikop indica que objetos de alto status usados para banquetes foram habilmente feitos e que um gosto 'sumério' por luxo e espetáculo impulsionou a aristocracia Maikop”, argumenta o arqueólogo. “Os tubos de bebida falam de uma linguagem mútua de consumo de elite dentro de um meio cultural compartilhado.”
Atualmente, os estudos sobre os artefatos russos seguem, à medida que os autores do projeto buscam compreender as relações sociais no continente e de que forma hábitos como o consumo alcoólico social se espalharam pelo mundo. Caso as evidências observadas se provem verdadeiras, há grandes indícios de que os canudos revelem os primeiros “dispositivos sofisticados” projetados para executar ações de filtro e sucção de líquidos.
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