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28/02/2022 às 11:00•2 min de leitura
A tabela periódica é uma importante ferramenta para o estudo da Química. Tal qual um gráfico, ela organiza os elementos químicos de maneira útil e lógica, listando os itens em ordem crescente de acordo com seu número atômico. Dessa forma, os elementos alinhados mostram as mesmas propriedades daqueles que estão na mesma coluna ou linha.
Entretanto, a tabela periódica esconde alguns segredos que você provavelmente não sabia. Veja seis curiosidades impressionantes dessa grande amiga dos químicos.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Dmitri Mendeleiev (1834-1907) apresentou sua tabela periódica dos elementos com base no aumento do peso atômico em 6 de março de 1869 na Sociedade Química Russa. Por esse motivo, é constantemente citado como o inventor da tabela periódica moderna, mas isso não é exatamente uma verdade.
Embora o trabalho de Mendeleiev seja bem relevante para o meio, naquela época outras pessoas já haviam tentado organizar a tabela de acordo com as propriedades periódicas. Por exemplo, Julius Lothar Meyer (1830-1895) publicou uma tabela periódica que descrevia a colocação de 28 elementos em 1864.
(Fonte: Shutterstock)
Quando criou a sua tabela periódica, Mendeleiev teve como inspiração um grande amor de sua vida: os jogos de carta. Por esse motivo, o peso de cada elemento foi escrito em um cartão de índice separado e classificado no mesmo modelo de organização que ocorre no jogo Solitário, também chamado de Paciência.
Elementos com propriedades semelhantes, então, formam uma coluna e são ordenados por peso atômico ascendente.
(Fonte: Shutterstock)
Na tabela periódica original montada por Mendeleiev havia vários espaços em branco distribuídos por todos os lados. Mas qual era o motivo? Ao estimar suas propriedades em relação a outros elementos próximos aos espaços da mesa, o cientista conseguiu prever a existência de elementos que ainda não haviam sido descobertos.
Foi dessa forma que ele conseguiu supor corretamente os pesos e os comportamentos químicos de gálio, escândio e germânio antes de serem descobertos.
(Fonte: Shutterstock)
Se o modelo de previsão de Mendeleiev serviu para fazer várias previsões acertadas, engana-se quem acreditava que seu sistema era infalível. Ao longo das décadas, esse instrumento foi usado para negar a existência de outros elementos que foram eventualmente descobertos.
Por exemplo, ele negou a existência de argônio depois que foi descoberto em 1894, pois não se encaixava em suas colunas. O mesmo aconteceu com hélio, neônio, criptônio, xenônio e radônio.
(Fonte: Pixabay)
A tabela periódica está constantemente passando por reformulações, e alguns elementos só foram nomeados recentemente. Em 28 de novembro de 2016, a União Internacional de Química Pura e Aplicada aprovou o nome e os símbolos para quatro elementos que anteriormente eram chamados de 113, 115, 117 e 118.
Agora, eles podem ser reconhecidos por pesquisadores como nipônio (Nh), moscóvio (Mc), tenesso (Ts) e oganessônio (Og).
(Fonte: Pixabay)
De acordo com o físico Richard Feynman (1918-1988), jamais seremos capazes de ver o elemento 137 chegar à tabela periódica. O motivo? Tecnicamente, os elétrons do elemento 137 orbitariam na velocidade da luz e não conseguiríamos identificá-lo.
O mesmo vale para o elemento 139, que seria ainda mais rápido que a velocidade da luz. Dessa forma, o conhecimento científico que obtivemos até hoje não é o suficiente para atingirmos esse nível da tabela periódica.