Ciência
07/03/2022 às 12:00•3 min de leitura
O planeta Terra tem milhões de espécies diferentes formando a biodiversidade. Mesmo assim, para algumas dessas criaturas a vida pode ser bem solitária. Enquanto algumas espécies se ramificam diversas vezes e sobrevivem até hoje, há aqueles animais que representam os últimos de seu gênero e ramo evolutivo.
Nós, seres humanos, somos um exemplo disso. Não temos espécies vivas do nosso gênero antepassado que ainda estejam vivas e entre nós hoje. Porém, estamos longe de ser as únicas criaturas vivendo essa jornada. Confira seis espécies que se tornaram as últimas de seus gêneros.
(Fonte: Shutterstock)
O ornitorrinco é uma das criaturas mais diferenciadas do mundo. Esse mamífero aquático peludo tem uma aparência bem inusitada, com bico, como se fossem pássaros; pelos, representando os mamíferos; e colocam ovos, assim como os répteis.
Isso mostra que eles têm uma convergência. Estima-se que os mamíferos divergiram dos répteis há cerca de 280 milhões de anos, isso significa que o ornitorrinco é provavelmente um dos últimos parentes vivos desse ramo da árvore genealógica. Por fim, essa é uma espécie ameaçada de extinção atualmente.
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O ratel, também conhecido como texugo-do-mel, é uma criatura pequena e bastante agressiva. Apesar de seu tamanho, essa espécie consegue confrontar leões e até mesmo outros predadores maiores — o que talvez seja o motivo de ter sobrevivido por tanto tempo.
Essas criaturas têm uma camada de pele espessa que as protegem de mordidas fortes e ataques de porcos-espinhos, além de um cérebro avantajado para um animal de seu tamanho. Além disso, eles têm imunidade contra vários venenos de cobra, uma vez que essa é uma de suas maiores presas.
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Os coalas são uma das criaturas mais emblemáticas da Austrália. O nome científico desse pequeno marsupial é Phascolarctos cinereus, fazendo que esteja diretamente relacionado aos cangurus e vombates. Esses animais se alimentam exclusivamente de folhas de eucalipto.
Um fato interessante é que os coalas, além dos primatas, são os únicos animais que têm impressões digitais como os humanos. Em fevereiro de 2022, porém, o governo australiano declarou que essas pequenas criaturas estão correndo o risco de extinção e podem desaparecer do mundo em breve.
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O nome científico do narval é Monodon monoceros, que literalmente significa “um dente, um chifre”. É por esse motivo que também podem ser chamados de "unicórnio dos mares", graças ao visual único com um enorme chifre no meio da testa. Porém, por viverem nas águas frias e profundas do Ártico, não sabemos tanto sobre eles.
Sabemos que são parentes próximos das belugas, que é a única outra espécie viva da família Monodontidae, e podem até mesmo cruzar entre si. Também sabemos que são algumas das baleias mergulhadoras que vão mais profundamente no mundo, mergulhando até cerca de 1,3 quilômetro em busca de comida.
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O jacaré-negro é o maior entre os Alligatoridae e o último de seu gênero, Melanosuchus. Podem ser vistos em vários territórios da América do Sul e crescem até 4,6 metros de comprimento, sendo os principais predadores das florestas tropicais.
Quando ocorrem inundações, eles se espalham com as águas da enchente antes de retornar aos lagos e rios permanentes durante a estação seca. O problema é que a caça predatória dessa espécie nas décadas de 1940 e 1950 comprometeu bastante a população dessas criaturas, que já não são mais tão abundantes hoje.
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O lobo-guará é chamado cientificamente de Chrysocyon brachyurus, o maior canídeo da América do Sul. Embora pareça uma raposa com pernas alongadas, essa criatura faz parte de uma espécie completamente distinta. O lobo-guará evoluiu para viver em savanas de grama e marcam território com o cheiro de urina forte.
Cientistas acreditam que essas criaturas noturnas costumam interagir somente na época de reprodução da espécie, vivendo sozinhas a maior parte do tempo. Pesquisadores acreditam que os traços distintos deles mostram que esse foi o único canídeo na América do Sul a sobreviver à extinção do final do Pleistoceno.