Artes/cultura
11/07/2022 às 12:00•3 min de leitura
O dia 20 de julho de 1969 ficou marcado como a data em que houve "um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade", frase proferida por Neil Armstrong (1930-2012), o primeiro homem a pisar na Lua. Na época, o feito histórico foi estampado em todos os jornais pelo mundo, sendo um retrato de como a tecnologia avançava.
Porém, existiu — e ainda existe — quem não acredita no feito. Algumas teorias da conspiração sugerem que a chegada do homem até a Lua foi apenas uma forma de propaganda do governo norte-americano e que tudo foi feito com efeitos de cinema. Mesmo assim, desbancar esses conspiracionistas não é uma tarefa difícil. Veja só seis maneiras fáceis de provar que o pouso na Lua realmente aconteceu!
(Fonte: Wikimedia Commons)
A forma mais simples de provar que humanos já estiveram na Lua é pelas evidências que nós trouxemos desse acontecimento aqui para a Terra. Isso só é possível porque os astronautas coletaram rochas lunares para serem analisadas em laboratório, algo muito diferente de tudo que temos em nosso planeta.
Ao longo de seis missões do projeto Apollo que pousaram no satélite natural, foram coletados 380 quilos de pedras espaciais — com as mais antigas tendo 4,5 bilhões de anos. As rochas lunares, por sua vez, são completamente desprovidas de voláteis, elementos químicos e compostos com baixo ponto de ebulição encontrados na crosta terrestre e na atmosfera.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Até os dias de hoje ainda é possível identificar na superfície da Lua os locais onde pousaram cada nave da missão Apollo. Todas essas imagens foram coletadas pela Lunar Reconnaissance Orbit (LRO), um órgão da National Aeronautics and Space Administration (NASA), e publicadas em 2011. Cada foto ilustra muito bem os pontos de pouso das sondas lunares Apollo 12, 14 e 17.
Além disso, é possível ver o caminho pelo qual as tripulações andaram. Em 2012, foi a vez da NASA publicar mais imagens do antigo local de pouso da Apollo 11. Mesmo se as fotos fossem uma tentativa de falsificação da agência norte-americana, astrônomos amadores também já relataram avistamentos de restos das missões Apollo na superfície lunar.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Um dos grandes argumentos dos conspiracionistas é que não há estrelas nas fotos dos "supostos pousos na Lua". Como a Lua não tem atmosfera, logo deveríamos ser capazes de ver um céu inteiramente iluminado pelas estrelas distantes, certo? Porém, é necessário considerar alguns fatores.
Por exemplo, existiam diversas restrições tecnológicas básicas ao fotografar a Lua. Com um cenário tão escuro e com objetos tão iluminados pelo Sol, a abertura das câmeras deveria ser mínima para conseguir capturar a sonda e os astronautas de forma clara e nítida. Dessa forma, seria impossível captar qualquer luz das estrelas ao fundo sem que a fotografia fosse completamente arruinada.
(Fonte: NASA/Divulgação)
Outra prova de que os pousos na Lua realmente aconteceram é que os veículos exploradores usados pelas agências espaciais hoje são capazes de captar as mesmas paisagens e cenas obtidas pelos astronautas das missões Apollo há décadas.
O rover japonês SELENE (Kaguya), por exemplo, coletou uma sequência de imagens, que quando reunidas, ilustram a base dos Apeninos — uma cordilheira no norte da Lua —, a mesma que foi vista na missão Apollo 15.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Um dos fatos mais comentados nas teorias da conspiração que falam da falsificação do pouso na Lua tem a ver com o suposto movimento da bandeira norte-americana que foi colocada em solo lunar. As filmagens da época mostram a flâmula dos Estados Unidos (EUA) se movendo depois de ter sido plantada.
Isso, de acordo com os conspiracionistas, seria uma evidência de que teria vento soprando através do tecido — algo impossível de acontecer na Lua. Porém, a movimentação é simplesmente causada pela perturbação causada na hora de colocar o mastro no chão, o que geraria uma ondulação.
A bandeira dos EUA não reagiu a vento nenhum e ainda permanece erguida graças aos fios de arame colocados dentro do pano para que ela permanecesse em posição vertical, a que assume há décadas.