Quais são os efeitos das viagens espaciais no corpo humano?

15/07/2022 às 08:002 min de leitura

Viajar pelo espaço é uma das grandes ambições da humanidade, que possui fortes desejos científicos de desbravar novos planetas e entender mais sobre o universo que nos rodeia. Para isso, astronautas precisam suportar radiação solar, ausência de peso, isolamento social e uma série de outros estresses físicos e psicológicos em cada uma de suas missões espaciais.

No entanto, os humanos não foram feitos para viver no espaço sideral e só o fato de estar fora da Terra pode representar sérios riscos à saúde. Ao longo dos últimos anos, 29 novos artigos publicados divulgaram uma nova visão sobre o nosso conhecimento de como os voos espaciais afetam o corpo humano. Entenda quais são os principais riscos!

Alerta de problemas

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

No dia 9 de novembro de 2021, cientistas da NASA se reuniram em um painel de discussão chamado "Riscos para a saúde humana no desenvolvimento de programas futuros", onde cada painelista enfatizou que os riscos à saúde apresentados pelas viagens espaciais são complexos e precisam ser considerados no planejamento das próximas missões.

Ao todo, os especialistas definiram cinco tipos principais de riscos nesse tipo de viagem. Os primeiros dois, a radiação e a gravidade alterada, surgem simplesmente do fato de uma pessoa estar no espaço. De acordo com os estudiosos, ambos têm grandes efeitos negativos no corpo humano e até mesmo em nosso cérebro.

Em seguida, o fator isolamento e confinamento, além da pessoa estar em um ambiente fechado e hostil, são riscos decorrentes das situações de vida necessárias para a sobrevivência no espaço, mas que geram riscos para a saúde física e mental. Por fim, o maior risco e também o mais simples deles: estar longe de casa.

Distância da Terra

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Para qualquer ser humano, estar longe da Terra torna a vida mais arriscada em praticamente todos os sentidos. Nesse contexto, desde alimentos frescos até medicamentos tornam-se cada vez mais difíceis de obter se nos propusermos a viajar cada vez mais longe e por mais tempo.

Na Estação Espacial Internacional, os astronautas não estão muito longe de nós e podemos enviar suprimentos rotineiramente para as tripulações em órbita. Porém, esse tipo de comunicação não é possível em missões à Lua ou a Marte, o que inevitavelmente causaria diferentes tipos de problema.

Além disso, voltar para a Terra em caso de uma emergência médica é inviável nesse cenário, sendo necessário considerar quais adaptações médicas nós precisaríamos para um humano ferido sobreviver fora do nosso planeta. Ter todos esses dados em mente é essencial para que nós nos preparemos para o futuro.

Mesmo assim, não importa o quão preparados estivermos, toda missão espacial continuará oferecendo riscos e não será tão segura quanto permanecer na Terra. Até por isso, a NASA atualmente conta com mais de 800 padrões de saúde desenvolvidos com base em pesquisas atuais para preparar seus astronautas da melhor forma possível. 

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