Artes/cultura
21/07/2022 às 09:00•2 min de leitura
Os anéis de Saturno são estruturas que sempre fascinaram a humanidade. De todos os planetas do nosso sistema, apenas Saturno tem esses “adereços” tão bonitos — Júpiter, Netuno e Urano também os possuem, mas seus anéis são menores, mais escuros e mais difíceis de ver. Contudo, essa beleza saturnina não durará para sempre.
Já é consenso entre os astrônomos que os anéis de Saturno devem desaparecer um dia. Antigamente, pesquisadores acreditavam que os anéis sumiriam em 300 milhões de anos. No entanto, os dados mais recentes apontam quem em 100 milhões de anos, Saturno não terá um único anel ao seu redor.
(Fonte: Reprodução: Reprodução: NASA/JPL-Caltech)
Quando olhamos as imagens de Saturno temos a ideia de que os anéis são grandes estruturas maciças. Isso não é verdade. O fato é que esses anéis são formados por inúmeras partículas de gelo, poeira e restos de outros corpos celestes, como meteoros.
Na verdade, boa parte desses detritos espaciais teve origem na destruição das luas desse planeta — e trata-se de um evento recente. Os primeiros anéis se formaram há cerca de 200 milhões de anos. Nessa época, a Terra já tinha dinossauros.
A questão é que neste exato momento essas partículas estão caindo dos anéis rumo ao centro de Saturno, em uma espécie de chuva de poeira espacial e gelo. A velocidade desse evento é surpreendente: 10 toneladas por segundo.
No espaço, as partículas que formam essas estruturas sofrem com o impacto de outras estruturas, além da luz ultravioleta do Sol. Depois, são atraídas pela gravidade do planeta.
(Fonte: Shutterstock)
O italiano Galileu Galilei, um dos nomes mais importantes da história da Astronomia, foi o primeiro humano a observar os anéis de Saturno, em 1610. Na época, ele achou que as estruturas se pareciam com orelhas, pois do seu ponto de vista, ele conseguia enxergar os anéis ao lado do planeta e não ao seu redor.
Apenas 45 anos depois, Christiaan Huygens, um importante astrônomo holandês, conseguiu identificar as estruturas vistas por Galileu como anéis. Isso porque o cientista holandês contava com um telescópio muito mais potente do que o usado pelo italiano.
Séculos depois, a Agência Espacial Americana (Nasa), a Agência Espacial Italiana (ASI) e a Agência Espacial Europeia (ESA) se uniram para estudar Saturno. A missão Cassini ocorreu em 2005 e conseguiu feitos inéditos.
A nave robótica Cassini transportou uma sonda chamada “Huygens”. Essa sonda foi lançada rumo à maior lua de Saturno (Titã) usando uma espécie de paraquedas. Esse é até hoje o pouso mais distante de um equipamento terrestre no Sistema Solar.
A missão foi encerrada no ano de 2017 e ajudou os pesquisadores a descobrirem coisas fascinantes sobre esse planeta e suas luas. Titã, por exemplo, conta com a presença de mares de metano líquido.