Artes/cultura
27/07/2022 às 06:30•1 min de leitura
Ao andar em um supermercado ou loja de departamento, você provavelmente já deve ter reparado em um tipo de travesseiro com uma sigla bem familiar: NASA.
A versão mais famosa do acrônimo tem relação com a National Aeronautics and Space Adminstration, a agência espacial norte-americana, e por muito tempo as pessoas acharam que esse travesseiro é, de fato, utilizado pelos astronautas em suas missões no espaço. Entretanto, no caso do "descansador de cabeças", a sigla significa "Nobre e Autêntico Suporte Anatômico" — ao menos nesse primeiro ponto, semelhança zero.
Entretanto, não precisa deixar sua raiva chegar até a estratosfera. As embalagens desses travesseiros, que em sua versão mais popular trazem até o astronauta Marcos Pontes como garoto-propaganda, não está te enganando totalmente: ele, de fato, traz uma tecnologia criada pela estação espacial.
(Fonte: Shutterstock/Reprodução)
A espuma viscoelástica usada nesses produtos de fato foi inventada pela agência espacial dos Estados Unidos. Isso começou em 1966 com os engenheiros Charles Yost e Charles Kubokawa após a criação de uma espuma de "alta dissipação de energia".
A ideia inicial era que esse produto fosse usado nos assentos das espaçonaves para ajudar a evitar risco de lesões mais graves, já que ele ajudava a distribuir o peso de maneira mais uniforme e absorver até 340% mais energia que qualquer tecnologia disponível no mercado naquele momento.
Entretanto, foi apenas em 1976 que essa patente acabou se tornando pública para as empresas que tivessem interesse em seu uso, e daí para a sua aparição nos travesseiros levou alguns anos. No Brasil, por exemplo, o primeiro registro de travesseiros com essa tecnologia data de 1999, graças à empresa Tempur-Pedic. Porém, foi com a Marbrayn, de Santa Catarina, que a coisa se espalhou mais rapidamente, incluindo aqui a ajuda de Marcos Pontes para a sua promoção.