4 vezes em que animais chaparam na natureza

18/08/2022 às 10:002 min de leitura

O uso de substâncias alucinógenas para fins recreativos não é uma exclusividade do ser humano. Existem inúmeros relatos de animais que gostam de se chapar, e em alguns casos isso pode ter até um contexto cultural. 

Esse tipo de situação chamou a atenção nas redes sociais recentemente, quando uma ursa decidiu comer um mel alucinógeno na Turquia. Quer conhecer esse e outros casos — alguns bem inusitados — de animais que chaparam na natureza? Abaixo listamos quatro vezes em que isso já aconteceu.

1. A ursa e o "mel louco"

Começando pelo caso da ursa. Batizada de Balkiz, a jovem invadiu uma fazendo que produz deli bal, o "mel louco" que é feito a partir da flor de rododendro. Em grandes quantidades, esse mel pode ter efeitos alucinógenos, e foi aí que a ursa experimentou a viagem mais alucinante da sua vida.

Após ingerir o mel, Balkiz ficou desorientada. O filhote de urso foi registrada na caçamba de uma caminhonete, balançando e choramingando. Ela foi levada até um veterinário, que fez exames para garantir que estava tudo certo com o animal. Alguns dias depois ela foi solta em uma floresta novamente.

2. Passa o baiacu

Um dos casos mais interessantes acontece com golfinhos que utilizam toxinas presentes em baiacus para entrar em um estado de transe. O que há de mais curioso aqui, é que os golfinhos compartilham os peixes. Após um deles apertar delicadamente o baiacu com sua boca, ele entrega o peixe para um golfinho que está próximo. Isso indica que este comportamento possui um fator cultural entre esses mamíferos aquáticos.

Além disso, os golfinhos demonstram saber como utilizar o baiacu de modo a causar o efeito desejado. Em grandes quantidades, a toxina liberada pelo baiacu é fatal. Em um documentário feito para a BBC, o zoólogo Robert Pilley comentou que após todo o grupo usar o baiacu, os golfinhos demonstraram um comportamento peculiar, nadando com os focinhos do lado de fora da superfície.

3. "Chá" de cogumelos

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Cogumelos psicodélicos são usados por diferentes comunidades para os mais diferentes fins. Mas não são apenas os humanos que usam fungos para ficar chapados. Alces e caribus são conhecidos por procurar na neve, cogumelos que em determinadas concentrações podem causar alucinações. 

Os caribus que estão sob a influência desses cogumelos, costumam se separar de seus rebanhos, o que pode ter um custo alto. Como eles ficam em um estado vulnerável, sua intoxicação facilita o ataque por predadores. 

A urina desses animais também tem um interesse para humanos. Na Sibéria, Escandinávia e outras regiões onde caribus são comuns, as pessoas utilizam a urina dos animais que consumiram os cogumelos. Depois de passar pelo sistema do caribu, os agentes psicoativos dos fungos são mais potentes que o efeito mais poderoso dos cogumelos.

4. O pulo do ópio

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A papoula é uma planta muito utilizada no mundo para a produção de morfina e outros analgésicos. É do seu fruto que é extraído o ópio, que além do efeito analgésico, também pode ser usada como uma droga.

Na Austrália — que produz cerca de 50% do ópio legal do mundo — cangurus às vezes são vistos nas fazendas de papoula e se alimentando do seu fruto. Em 2009, a procuradora-geral da Tasmânia, Laura Giddings, relatou que os cangurus estão causando grandes problemas para a segurança das plantações.

O mais curioso é que depois de consumir a papoula, os animais foram vistos andando em círculos pela fazenda, completamente desorientados. Além disso, como o ópio causa dependência, existem relatos de cangurus retornando aos campos para se alimentar novamente.

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