Estilo de vida
23/09/2022 às 02:00•2 min de leitura
Como diria o influenciador Toguro, "2022 é o ano da tecnologia e o Elon Musk está construindo foguete". Porém, não é só na ciência espacial que a humanidade tem demonstrado progressos. Há algumas décadas, a medicina também parecer ter mostrado o desejo de englobar novas tecnologias e o uso da robótica para procedimentos cirúrgicos se tornou cada vez mais comum.
Desde a década de 1980, robôs são encontrados nas salas de operação servindo como excelentes ferramentas de auxílio para os médios. As ações podiam variar desde segurar um paciente no lugar ao uso de braços robóticos para manusear pequenos cortes com maior precisão. Mas será que a robótica finalmente conseguiu evoluir ao ponto de comandar uma operação por conta própria? Veja só o que dizem os especialistas!
(Fonte: Wikimedia Commons)
Embora o trabalho de um cirurgião pareça algo completamente mecanizado e repetitivo de certo ponto de vista — afinal, todo corpo humano é relativamente parecido —, a realidade está longe disso. Em outras palavras, cada ser humano é "único" por dentro, trazendo particularidades que ainda poderiam causar complicações para uma Inteligência Artificial (IA).
Por exemplo, o tamanho e a forma dos órgãos pode variar de pessoa para pessoa, sem contar a presença de tecido cicatricial ou a localização dos nervos e vasos sanguíneos. Logo, imaginar que um robô possa se adaptar tanto assim às inúmeras situações que podem surgir no dia a dia de um cirurgião ainda não parece ser um futuro concreto.
Na medicina moderna, é comum o uso de robôs laparoscópicos, que são aqueles que não se movem sozinhos, mas traduzem os movimentos do cirurgião. Essa é uma tecnologia existente há mais de década e que mostra uma parcela do que a robótica contemporânea já está pronta para fazer.
(Fonte: Unsplash)
Por mais que a total autonomia dos robôs na medicina ainda pareça ser um sonho distante, existem alguns exemplares que já mostraram serem capazes de lidar com certas situações por conta própria. O maior exemplo disso é o ROBODOC, um mecanismo robótico que pode ser usado em cirurgias de quadril para raspar o osso ao redor do encaixe da região anatômica.
Porém, ossos são relativamente fáceis de trabalhar. Uma vez que eles estejam travados no lugar, não existem muitos empecilhos que podem surgir pelo caminho — algo que facilita a tarefa de um robô. Infelizmente, o resto do corpo não é tão simples assim de imobilizar. Músculos se contraem, cérebros balançam, pulmões se expandem e por aí vai.
A opção mais promissora para o futuro tem sido o uso de câmeras e softwares sofisticados de rastreamento, como o Smart Tissue Autonomous Robot (STAR) usado pela Universidade Johns Hopkins em 2022 para cortar um porco anestesiado. Nos primeiros testes, o STAR funcionou bem sozinho — mas não perfeitamente. Ao todo, 83% das suturas foram feitas de forma autônoma, com 17% de necessidade de intervenção por humanos para corrigir as coisas.
Sendo assim, é de se imaginar que a tecnologia um dia progrida para que esses 83% de taxa de sucesso sejam facilmente superados e que os robôs se tornem mais autônomos. Totalmente? Impossível prever, mas possível sonhar.