Esportes
15/11/2022 às 02:00•2 min de leitura
Uma expedição australiana encontrou no fundo do mar uma série de animais fantásticos nunca antes vistos. A descoberta é resultado de uma pesquisa efetuada nas profundezas do Oceano Pacífico, especificamente nas ilhas do Natal e dos Cocos — uma região até então pouco explorada.
O estudo foi feito por uma tripulação que partiu em um navio por 35 dias para analisar o habitat em profundidades abissais, a mais de 5 quilômetros abaixo da superfície. Segundo estimativas da equipe, um terço das criaturas encontradas pode representar novas espécies, revelando a rica biodiversidade do local.
Dentre os espécimes achados, que variam dos mais fofos aos mais assustadores, estão um novo tipo de peixe-morcego. A estranha criatura apresenta olhos parecidos com os de humanos, mas, por não nadar muito bem, usa suas extremidades modificadas para se movimentar no fundo do mar.
Como exemplos de outros tipos capturados, estão um charmoso caranguejo esponja e uma espécie de peixe-aranha. Esse último é capaz de se fixar no chão oceânico através de suas longas barbatanas — similar a uma perna de pau —, como forma de economizar energia e sentir presas à deriva.
Além desses, a equipe encontrou um caranguejo-eremita que usa um coral colonial como concha — trazendo benefícios para os dois. Em adição, também foi identificada uma espécie rara de enguia cega, com pele muito flácida e gelatinosa.
Uma expedição na Austrália revelou a existência de possíveis novas e bizarras espécies no fundo do mar
A revelação de todo esse mundo mágico subaquático não parou por aí. Enquanto a tripulação seguia em direção aos locais de estudo, conseguiu avistar vários peixes azuis com asas, o que impressionou todos ao longo do caminho.
Been photographing flying fishes all day every day. I think we’re up to 6 species now, but I’ll need to check. What a stunning group of fishes these are! #RVInvestigator #InvestigatingtheIOT @CSIRO @austmus @museumsvictoria @BushBlitz2 @ParksAustralia pic.twitter.com/H0UWi5zNt2
— KaiTheFishGuy (@FishGuyKai) October 5, 2022
“Os dados coletados nesta viagem fornecerão uma maior compreensão dos habitats de águas profundas da Austrália, sua biodiversidade e os processos ecológicos que os sustentam”, disse em comunicado oficial do Museus Victoria, Tim O’Hara, líder do trabalho e curador da organização que catalogará as amostras após exames mais completos.
“A região abriga uma série de antigas montanhas e cordilheiras submarinas, bem como vulcões extintos que se formaram há 150 milhões de anos. Estamos muito animados com a perspectiva de descobrir novas espécies, talvez até novos galhos da árvore da vida, que até agora permaneceram escondidos sob as ondas nesta área inexplorada”, completou.