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26/12/2022 às 11:00•3 min de leitura
O Universo fascina a humanidade desde a nossa origem. Por milênios, nós olhamos para o céu tentando entender o que existia para além das estrelas, ou se era possível chegar até elas. Mas tanto fascínio também deu origem a algumas interpretações equivocadas. Abaixo, nós listamos seis dos mitos mais comuns sobre o Universo.
(Fonte: Unsplash)
De noite, é possível observar aproximadamente 6.000 estrelas. Porém, o que vemos hoje é um retrato do passado de cada uma delas. E muita gente interpreta isso como se aquilo que chega até nós fosse a luz de estrelas que já não existem mais. E isso está bem longe da realidade.
As estrelas que enxergamos a noite estão a menos de 1.000 anos-luz de nós. Embora pareça realmente grande, é uma distância muito curta quando se considera o tempo de vida de uma estrela. Portanto, é altamente improvável que qualquer estrela que vemos tenha morrido no tempo que leva para sua luz chegar até nós.
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O Universo é gigantesco, mas não infinito. Na verdade, ele é até mensurável. Astrônomos calculam que suas bordas externas estão a 47 bilhões de anos-luz de distância de nós em todas as direções. E de uma ponta a outra (ou seja, o seu diâmetro) ele tem cerca de 94 bilhões de anos-luz.
Gargantua, o buraco negro criado para o filme Interestelar (2014). (Fonte: Paramount Pictures/Reprodução)
Os buracos negros ocorrem quando estrelas massivas ficam sem combustível e começam a morrer e entrar em colapso. Durante esse processo, a estrela se torna cada vez mais densa, fazendo com que sua gravidade comece a atrair tudo ao seu redor, inclusive a luz. Porém, essa gravidade não possui uma força maior do que quando a estrela ainda estava viva.
O que acontece é que ela se concentra em um corpo menor e, portanto, muito mais denso. Por exemplo, se uma estrela com 10 vezes o tamanho do nosso sol morresse, entrasse em colapso e criasse um buraco negro, a gravidade desse buraco negro seria igual à massa de uma estrela com 10 vezes o tamanho do nosso sol.
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Essa daqui, infelizmente, morre na ficção científica. Isso porque Einstein já provou há décadas que é impossível qualquer objeto com massa atingir a velocidade da luz (na verdade, é impossível chegar perto dessa velocidade). Segundo a Teoria da Relatividade, qualquer objeto em movimento é afetado pela gravidade e se torna mais pesado.
Antes mesmo de atingir a velocidade da luz, o peso de qualquer objeto seria tão grande que se aproximaria de infinito — e precisaria de energia infinita para se deslocar. Além de ser impossível para uma pessoa suportar isso, seria impossível conseguir energia suficiente para essa viagem.
Leia também: Por que é 'proibido' ultrapassar a velocidade da luz?
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O Big Bang costuma ser descrito como uma grande explosão que deu origem ao Universo e tudo o que há nele. Porém, o que realmente aconteceu não foi uma explosão — como uma bomba sendo detonada —, mas sim uma rápida expansão. E essa rápida expansão (mais rápida que a velocidade da luz) foi do espaço, não dos objetos em nosso Universo.
Tudo ainda está na mesma posição agora que estava há 13,8 bilhões de anos, mas é o espaço entre esses objetos que está crescendo, porque como essa expansão aconteceu com energia suficiente para ultrapassar a velocidade da luz, ela afeta o tempo e o espaço.
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As estrelas, como o nosso sol, são formadas principalmente por átomos de hidrogênio e hélio. Esses átomos estão o tempo todo se chocando no núcleo das estrelas, e a fusão desses dois elementos resulta em uma reação nuclear, que libera uma quantidade gigantesca de energia. Portanto, o sol não é uma bola de fogo, mas uma bola de bombas nucleares sendo acionadas o tempo todo.