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12/01/2023 às 04:00•2 min de leitura
Não é surpresa que a NASA e o governo dos Estados Unidos escondem coisas. A Corrida Espacial de 1955 teve muitas arestas — e isso não inclui a teoria da conspiração de que Neil Armstrong não pisou na Lua —, mas sim os sacrifícios que foram feitos para que isso fosse possível, e que manchariam ainda mais a imagem dos norte-americanos em um dos períodos mais tensos da humanidade – um risco que, simplesmente, não podiam correr.
Após a famosa frase “Esse é um pequeno passo para o homem, mas um gigantesco salto para a humanidade”, o Programa Apollo, que possibilitou esse acontecimento com a nave Apollo 15, realizou 11 missões ao longo de 11 anos de duração (entre 1961 e 1972); sendo que 6 delas pousaram na Lua, com um total de 12 astronautas caminhando em solo lunar para fazer experimentos científicos e coletar amostras para estudo.
Em 26 de julho de 1971, foi a quarta vez que o homem pousou na Lua, com David Scott e James Irwin ficando 66 horas e 54 minutos em solo lunar —, e também a primeira vez que um astronauta teve um ataque cardíaco na Lua.
James Irwin. (Fonte: Hack the Moon/Reprodução)
Os dois astronautas caminhavam pelo solo lunar até que o controle da missão examinou os sinais vitais de Irwin e notificou que ele havia acabado de sofrer um ataque cardíaco. No entanto, em nenhum momento o astronauta sentiu dor no peito ou manifestou qualquer um dos sintomas habituais.
Apesar dessa anomalia preocupante, a NASA optou por não informar a ninguém da tripulação sobre o que havia acontecido, nem mesmo a Irwin. Demorou alguns minutos para que os batimentos cardíacos do astronauta normalizassem, enquanto a missão seguiu conforme planejada.
(Fonte: Creation Evolution/Reprodução)
Dois anos depois, Irwin teve o segundo ataque cardíaco de uma série ao longo dos anos, até que um final o matasse, aos 61 anos, em 1991, fazendo do astronauta o primeiro e mais jovem "moonwalker" a deixar esse mundo.
A NASA não contou nada sobre o comportamento anormal do coração de Irwin porque queria que a missão fosse concluída, e temia que um desespero por parte do astronauta colocasse tudo a perder.
Além disso, os médicos e cientistas não se preocuparam porque Irwin já estava em uma espécie de UTI a bordo de seu traje espacial. Afinal, ele tinha oxigênio controlado, estava em baixa gravidade – o melhor estado para reduzir a pressão sobre o coração –, e também realizava manobras e esforços necessários para manter o coração controlado.
(Fonte: ebay/Reprodução)
A NASA manteve essas informações fora dos documentos oficiais da missão de 1971 do Programa Apollo, porque o ataque cardíaco de Irwin não foi um coincidência. Houve um mau funcionamento nos dispositivos de água, resultando na privação de hidratação, principalmente no caso de Irwin, ao longo das três atividades extraveiculares (EVAs) de até 7 horas cada.
Sendo assim, Irwin, suando profusamente e com muita sede durante os EVAs, perdeu 5% de seu peso em comparação com seu peso médio pré-voo (indo de 74,3 para 70,8 kg). Essa desidratação em excesso teria intensificado o potencial para a elevação de renina-angiotensina (conjunto de peptídeos, enzimas e receptores envolvidos no controle do volume de líquido extracelular e na pressão arterial).
Havia uma predisposição para um déficit significativo de íons de magnésio, que poderia persistir por meses, podendo causar arritmias graves, déficits de potássio, e potenciais lesões endoteliais de vasos periféricos e coronários.
Tudo isso compunha o que foi chamado pelos médicos de "Síndrome do Espaço Apollo 15", caracterizada por dedos inchados muito dolorosos, seguido por vasoespamos periféricos, podendo, em última instância, levar a um infarto do miocárdio.
Irwin e Scott sofreram registraram irregularidades cardíacas na Lua, um problema que os médicos da NASA atribuíram a uma deficiência de potássio na dieta alimentar especial, por isso enriqueceram com potássio a comida dos astronautas em voos futuros.