Estilo de vida
17/01/2023 às 04:00•2 min de leitura
O segredo do chocolate foi decodificado por cientistas e eles afirmam que a textura é um dos fatores mais importantes para a irresistibilidade da guloseima de cacau. Segundo um novo artigo publicado na revista científica ACS Applied Materials and Interface, o sabor do chocolate pode não ser o fator mais importante para tornar o aperitivo açucarado tão irresistível.
Conforme os cientistas explicam, a gordura desempenha uma função muito importante para o chocolate, principalmente, quando ele é colocado na boca. Assim que a saliva e o chocolate se misturam, uma emulsão cremosa explode pela boca e causa aquela sensação deliciosa, com uma textura que transita entre sólida e cremosa.
O estudo, realizado por cientistas da Universidade de Leeds, no Reino Unido, aponta que a lubrificação que o chocolate causa na boca é responsável pela sensação de prazer. Os pesquisadores afirmam que o resultado da pesquisa pode levar ao desenvolvimento de alimentos com melhor textura e sabor.
Os pesquisadores afirmam que o estudo pode servir de base para a criação de uma nova geração de chocolates, com ótimo sabor, textura cremosa e ingredientes saudáveis.
“Se um chocolate tiver 5% de gordura ou 50% de gordura ainda vai formar gotículas na boca e isso dá a sensação de chocolate. No entanto, é a localização da gordura na composição do chocolate que importa em cada estágio da lubrificação, e isso raramente foi pesquisado”, disse a professora da Escola de Ciência Alimentar e Nutrição de Leeds, Anwesha Sarkar.
Para conduzir os estudos, os cientistas usaram técnicas analíticas da tribologia, um campo da engenharia que estuda a interação entre superfícies.
Ao entrar em contato com a língua, o chocolate libera uma película de gordura que se espalha por todas as áreas da boca, e é justamente essa gordura que faz o chocolate se manter cremoso após colocá-lo na boca. A partir do estudo, os cientistas afirmam que podem aplicar as técnicas para estudar outros alimentos que mudam de estado ao colocá-los na boca, como o sorvete, queijo e manteiga.
“Acreditamos que o chocolate amargo pode ser produzido em uma arquitetura de camadas gradientes com gordura cobrindo a superfície de chocolates para oferecer a experiência procurada sem adicionar muita gordura dentro do corpo do chocolate", Soltanahmadi completou.