6 mistérios escondidos abaixo da superfície da Terra

A superfície terrestre é apenas a ponta do iceberg de tudo que se esconde em nosso planeta. No subterrâneo, ainda existem mistérios fascinantes que estão sendo explorados por cientistas em todo o mundo.

Esses mistérios variam desde uma biosfera subterrânea até uma fábrica de diamantes escondida no centro do mundo. Quer saber mais? Confira!

1. Um oceano subterrâneo

(Fonte: Ringwoodit/Wikimedia Commons)

Em 2014, um oceano subterrâneo, com o triplo de água disponível na superfície, foi descoberto quando cientistas dos Estados Unidos implantaram milhares de sismômetros para medir os sinais de cerca de 500 terremotos. Os dados coletados revelaram evidências de ringwoodita, uma rocha formada sob imensa pressão a uma profundidade de 700 quilômetros.

A ringwoodita é um mineral incrivelmente absorvente. Os pesquisadores calcularam que, se apenas 1% dessa rocha estiver abaixo da água, isso indicaria a existência de um oceano subterrâneo de proporções gigantescas. Acredita-se que ele pode ter um ciclo oculto, em que a água é absorvida pela rocha e liberada durante processos geológicos.

2. Fábrica de diamantes

(Fonte: Getty Images)

Os pesquisadores da Fonte Avançada de Fótons (APS), do Departamento de Energia dos EUA, encontraram uma potencial fábrica de diamantes escondida no centro da Terra, enquanto investigavam o que acontece quando o carbono, a água dos minerais e o ferro fundido do núcleo se combinam em condições extremas.

Os cientistas descobriram que a água e o ferro reagem entre si, criando óxidos e hidróxidos, como acontece na oxidação na superfície e no manto terrestre. Mas no caldeirão líquido das profundezas do planeta, todo o carbono presente pode ser transformado em diamantes, abrindo uma nova possibilidade sobre a formação essas pedras preciosas.

3. Resquícios das viagens galácticas

(Fonte: Getty Images)

Ao examinar os cristais da crosta terrestre – grãos menores que a espessura do fio de cabelo –, os geólogos conseguiram identificar que alguns desses compostos são tão antigos que só podem ter vindo do espaço.

Assim como a Terra e os demais planetas giram em torno do sol, a Via Láctea também realiza uma viagem pelo espaço sideral. Neste percurso, uma série de detritos gelados atingem o nosso planeta a uma velocidade de 52 km/s. O material fica alojado na crosta terrestre, permitindo aos cientistas traçar o caminho da nossa galáxia pelo universo.

4. Um ecossistema no núcleo da Terra

(Fonte: Getty Images)

O centro da Terra abriga um ecossistema de micro-organismos muito mais rico em biodiversidade do que a superfície do planeta, acreditam alguns cientistas. Assim, um estudo da União Geofísica Americana descobriu uma biosfera oculta que abriga bilhões de bactérias, representando cerca de 70% de todos os micróbios do mundo.

Além de descobrir como funciona o metabolismo desses seres subterrâneos, o desafio dos pesquisadores também envolve identificar quais são as interações entre a vida dos organismos nas profundezas do planeta e a vida dos animais da superfície terrestre.

5. O núcleo dentro do núcleo

(Fonte: Getty Images)

Os cientistas acreditavam que as camadas da Terra seriam formadas pela crosta, o manto, o núcleo externo e o núcleo interno. No entanto, foi descoberta uma bola gigante de metal com mais de 600 km de diâmetro na parte mais central do planeta.

Ainda se sabe pouco sobre o novo núcleo interno, mas os cientistas acreditam que ele pode ter influência nas ondulações causadas por grandes terremotos. Os abalos sísmicos seriam distorcidos à medida que atravessam a parte mais central do planeta.

6. Uma nova onda magnética

(Fonte: Getty Images)

A descoberta de um novo tipo de onda magnética, através do projeto Swarm da Agência Espacial Europeia (ESA), revelou um fenômeno fascinante e misterioso que ocorre dentro do nosso planeta. Todos os dias, a Terra é palco de uma variedade de eventos estranhos e indescritíveis, desde partículas sombrias até ondas desconhecidas.

Analisando os dados coletados pelo satélite Swarm, os cientistas identificaram uma ondulação magnética sem precedentes, que varre a superfície do núcleo externo a 1500 km por ano, uma velocidade que superou as previsões dos cientistas. Isso deve abrir um novo campo de estudo para a ciência.